PROVOCAÇÃO

A reação de Matuê após jornalista da Globo criticar seu novo álbum

Carol Prado, em crítica publicada no G1, afirma que ‘Xtranho’ ‘só é disruptivo pra meninos que ainda não saíram do Ensino Médio’

Pedro Hollanda

Matuê e Carol Prado (Fotos: reprodução)
Matuê e Carol Prado (Fotos: reprodução)

O lançamento de um novo álbum representa uma época vulnerável para qualquer artista. Recepção negativa pode gerar mal estar. Ou, no caso recente de Matuê, confusão com a imprensa.

O rapper cearense lançou no último dia 10 de dezembro seu terceiro álbum de estúdio, Xtranho. Uma resenha assinada por Carol Prado, jornalista do G1, e transformada em vídeo para as redes avalia que o disco apresenta uma regressão geral do artista.

Ela postou em seu perfil no X/Twitter:

“O álbum novo do Matuê só é disruptivo pra meninos que ainda não saíram do Ensino Médio… minha análise (e nota) pro Xtranho no G1″

Um trecho do texto afirma:

“Na maior parte do tempo, o álbum de Matuê não tem muito de inovador. Pelo contrário, reproduz o estilo de produção, as mesmas distorções e texturas sonoras imersivas dos nomes americanos do trap: Travis Scott, Metro Boomin, Playboi Carti e outros artistas — que, diga-se de passagem, são bastante comerciais.”

Além disso, Prado criticou a inclusão na faixa “Rei Tuê” do áudio de uma fã descrevendo uma agressão sofrida durante o show do rapper americano Don Toliver no festival The Town, em setembro. Segundo a jornalista, situações do tipo demonstram que Matuê está mais interessado em agradar um nicho ao invés do público geral.

Matuê reage

Matuê reagiu de modo relativamente tranquilo em âmbito inicial. O rapper lembrou em seu perfil no X/Twitter no último sábado, 13, horas após a publicação da crítica, que a resposta a XTRANHO lhe lembrava à de 333 (2024), seu álbum anterior. Sem mencionar nomes, ele disse:

“QUANDO EU LANCEI O 333 FOI O MESMO PAPINHO.”

Entretanto, o caso ganhou uma direção curiosa na última segunda-feira, 15. No perfil de Instagram @naopassacredibilidade, da marca de moda de Matuê e utilizado para promover Xtranho, foi divulgada via Stories uma imagem de Prado com estética semelhante à capa de Xtranho. Em seguida, postou o termo “npc1” em branco sobreposto num fundo vermelho.

No mundo de videogames, NPC é uma sigla para non-playable character (personagem não jogável) e virou gíria nos Estados Unidos pra descrever pessoas sem importância. Alguns fãs no Brasil deram outro significado à abreviação: “não passa credibilidade”.

Por sua vez, Carol Prado respondeu à provocação de maneira leve. Ela escreveu em seu X/Twitter:

“O Matuê tá me usando de garota propaganda da marca dele sem me avisar nada?????”

Ironicamente, Carol Prado demonstrou apoio a Matuê em momentos anteriores. A jornalista escreveu uma crítica positiva a 333 quando este foi lançado, o que contraria a declaração inicial do rapper comparando a recepção de Xtranho ao antecessor.

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Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como IgorMiranda.com.br, Scream & Yell e Rock'n'Beats.
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