PREMIAÇÃO

‘Milton Bituca Nascimento’ concorre ao Grammy Latino 2025 de Melhor Vídeo Musical de Longa Duração

A Cerimônia de premiação acontece nesta quinta-feira, 13, nos Estados Unidos e terá a presença do produtor Fabiano Gullane e do diretor musical da obra, Victor Pozas

Redação

'Milton Bituca Nascimento' concorre ao Grammy Latino 2025 de Melhor Vídeo Musical de Longa Duração (Divulgação/Gullane)

O documentário Milton Bituca Nascimento, de Flavia Moraes, concorre ao Grammy Latino 2025 na categoria de melhor vídeo musical de longa duração. A premiação reconhece a excelência e promove uma consciência mais ampla da diversidade cultural e das contribuições de artistas latinos nos Estados Unidos e internacionalmente. O documentário concorre com Papota – Ca7riel & Paco Amoroso; Iradoh – 3 Atos De Irmandade: A Música, O Crime E A Justiça – Hodari; Mon Laferte, Te Amo – Mon Laferte; e Lamento (Extended Cut) – Gaby Moreno.

A Cerimônia acontece nesta quinta-feira, 13 de novembro, nos Estados Unidos. O produtor Fabiano Gullane, da Gullane, e o diretor musical da obra, Victor Pozas, estarão presentes para prestigiar o evento. No Brasil, a premiação pode ser acompanhada no Multishow, canal Bis e Globoplay a partir das 21h.

Do que se trata?

O filme propõe aos espectadores uma pergunta aparentemente simples, mas capaz de fomentar uma reflexão profunda: como explicar o fascínio que o músico causa no Brasil e no mundo com sua obra? O que o artista tem – e, consequentemente, suas composições e performances também – que gera um laço tão forte com fãs de todas as idades e lugares, ao mesmo tempo que motiva pesquisas e aulas em universidades renomadas?

Conforme acompanhava o músico ao longo da sua turnê de despedida, a diretora Flavia Moraes propôs essas mesmas questões aos mais de 40 entrevistados do doc, entre os quais personalidades brasileiras e estrangeiras, como Spike Lee, Caetano Veloso, Pat Metheny, Gilberto Gil, entre outros. E, como era de se esperar, não houve uma resposta unânime – além da nítida confirmação do legado de Milton Nascimento para a cultura brasileira.

Entrevista à Rolling Stone

Em conversa com a Rolling Stone Brasil, os diretores contam como o filme nasceu, as surpresas que encontraram pelo caminho, e explicam porque um filme sobre Milton Nascimento é uma tentativa de “explicar o inexplicável”. Antes de documentário ou homenagem, Milton Bituca Nascimento é um road movie. “A gente acompanha ele, observa o Milton e leva o público para viajar com ele, fazer parte do backstage, da intimidade, das dificuldades e da sua emocionante trajetória”, explica Flavia.

Não estávamos só produzindo um documentário. Tinha um show acontecendo e as pessoas estavam lá para isso. É uma produção corpo a corpo, no meio do público. Por isso o filme tem essa característica de road movie. É quase que um filme roubado. A gente é quase como um penetra na festa“, analisa Flavia Moraes.

É muito, muito difícil fazer esse recorte musical numa carreira tão vasta e tão rica. Mas o próprio filme vai te pedindo algumas coisas. Conforme as histórias vão acontecendo, elas pedem músicas específicas”, explica Victor antes de brincar que não é maluco para compor músicas para um filme sobre Bituca.

O trabalho musical é muito delicado, ele é feito com uma orquestra que vai organizando a narrativa do filme e servindo como uma espécie de cama, berço para os fonogramas originais. Mas de novo, a gente volta para a ideia original, que é seguir o Milton, e de certa forma as histórias apareciam com a convivência com ele“, completa Flavia, denunciando a modéstia do parceiro.

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