Mingau (Ultraje a Rigor) volta a ser internado 3 meses após alta
Baixista foi baleado na cabeça em Paraty (RJ), em setembro de 2023, e enfrenta longo processo recuperatório desde então
Igor Miranda (@igormirandasite)
Mingau, baixista do Ultraje a Rigor, voltou a ser internado três meses após ter recebido alta médica. Um quadro de constipação e vômito levou o músico a ser hospitalizado novamente, ainda em janeiro último, embora um boletim médico tenha sido divulgado apenas nesta sexta-feira (7).
Por meio de publicação no Instagram, sua assessoria de imprensa compartilhou mais detalhes a respeito do caso. De acordo com a nota, não há previsão de quando Mingau deixará o Hospital Santa Catarina, em São Paulo, onde está internado.
“O Hospital Santa Catarina informa que Rinaldo Oliveira Amaral, conhecido como Mingau, ex-baixista do Ultraje a Rigor, segue internado desde o mês passado com quadro de constipação e vômitos. O paciente está sendo acompanhado pelo Dr. Roberto Hiroshi Ieiri e equipe de gastroenterologia. Seu quadro é estável e ele permanece em tratamento e sob cuidados médicos, sem previsão de alta.”
Os tiros contra Mingau e a recuperação
Mingau foi alvo de tiros, no dia 2 de setembro de 2023, enquanto estava dentro de um carro com um amigo em Paraty (RJ). Uma das balas atingiu o lado esquerdo de sua cabeça, atravessando o cérebro e saindo do corpo. A região responsável por fala, visão e coordenação motora foi afetada. No mês seguinte, um suspeito pelo disparo foi preso em uma residência na zona rural de Taubaté (SP).
No último mês de julho, o músico foi submetido a uma cranioplastia, visando recuperar a função protetora do crânio. Ele havia recebido alta médica em outubro e prosseguia seu tratamento em uma clínica de reabilitação.
Em entrevista de março de 2024 ao Ticaracaticast (via site Igor Miranda), o vocalista e guitarrista Roger Moreira, que trabalhava com Mingau desde 1999 — após passagens do baixista por Ratos de Porão, Inocentes e Olho Seco —, contou como o parceiro musical estava naquele momento. Segundo ele, ainda não havia certeza se o colega compreendia o que outras pessoas lhe diziam.
“A gente não sabe realmente se ele entende. Tem momentos que você fala: ‘ah, ele está entendendo!’. Você fala que vai embora e ele chora, e também quando vê vídeos dele tocando. A gente não sabe realmente se ele entende, ou se ele entende o tempo inteiro, se não entende nada, se não sabe o que está acontecendo, porque por enquanto ele não fala e não dá nenhum sinal com certeza mesmo.”
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