Monteiro ficou conhecida como precursora da bossa nova; Andrade foi nome importante para o gênero e também para o jazz
Esta segunda-feira, 24, foi marcada pela morte de dois grandes nomes da música brasileira: Doris Monteiro e Leny Andrade. Monteiro morreu de causas naturais, no Rio de Janeiro, aos 88 anos, de acordo com publicação no perfil oficial da cantora. As informações sobre o sepultamento ainda não foram divulgadas. Já Andrade faleceu aos 80, e terá o corpo velado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, amanhã, 25.
Adelina Doris Monteiro já cantava em "Mocinho Bonito" — composição de Billy Branco, de 1957 — o que ficou conhecido como bossa nova. A música se tornou um sucesso, sendo a mais tocada nas rádios brasileiras no ano do lançamento, e antecipou o início do ritmo musical cravado por João Gilberto, Tom Jobim e Vinícius de Moraes.
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A estreia de Monteiro aconteceu um pouco antes, com o disco Todamérica, de 1951. Ganhou notoriedade, porém, logo em 1947, ao participar do Papel Carbono, programa de Renato Murce na Rádio Nacional. Ela não se restringiu à música e atuou também em filmes, incluindo De Vento em Popa (1957), de Carlos Manga. Doris ainda esteve à frente do programa Encontro com Dóris Monteiro!, na TV Tupi do Rio de Janeiro.
A cantora Leny Andrade, conhecida pelas interpretações de jazz e bossa nova, garantiu seu espaço na música também muito jovem, com apenas 15 anos. Daí em diante foram lançados 34 discos, desde A Sensação (1961).
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Andrade costumava se apresentar em boates de Copacabana, em especial no Beco das Garrafas, onde o samba-jazz e a bossa nova dominavam. Era amiga de Tony Bennett, morto na última sexta-feira, 21, e foi definida pelo jornal The New York Times como "um misto de Sarah Vaughan e Ella Fitzgerald da bossa nova."