Em um papo com a Rolling Stone, Vitão refletiu sobre os sonhos profissionais, a relação com hate na web e o interesse por causas sociais, ambientais e políticas
Vitão realizou o sonho da vida dele quando passou a viver da música. Mas o cantor e compositor de 22 anos ainda possui muitas metas artísticas para alcançar durante a carreira - e quer fazer isso sem tirar os pés do chão.
"Meu sonho de criança foi realizado," disse Vitão durante o Rolling Stone Sessions. "Mas obviamente me considero no 2% ou 3% da minha carreira. O ser humano é eternamente insatisfeito. Tem muita coisa que ainda não realizei e quero realizar."
O cantor falou sobre os projetos musicais que surgiram durante a pandemia de covid-19, como clipes e composições, após o lançamento do disco Ouro (2020). "Comecei a fazer outras coisas. Fui para o estúdio fazer outro disco, o qual era destinado para outro projeto e acabou não rolando, mas fiz 10, 15 músicas. Foi acontecendo e depois fomos lançando outras coisas."
Vitão também contou como lida com o hate na web por meio da música. "[Usar a música] é a melhor forma de passar recado. Sempre que falamos na internet, acabamos falando m*rda. Depois de um ano ou 10 anos, vamos olhar o post e falar: 'P*ta, nada a ver. Podia ter ficado quieto'."
Além da música, Vitão refletiu sobre os interesses dele em causas sociais, ambientais e políticas, os quais o levaram a visitar um acampamento indígena em Brasília. "A gente criou essa atmosfera no Brasil de uma desigualdade que é escrota. Isso traz um sentimento para gente de nunca conseguir estar feliz 100%," disse o músico. "Não é gostoso você estar 'da horão' e ver a grande maioria f*dida."
Durante a entrevista, Vitão também falou sobre as referências musicais, do rap de Emicida ao pop de Michael Jackson; a construção dos hit "Takafaya"; e a vontade se arriscar como compositor e produtor musical. Assista: