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Música / Rolling Stone Sessions

Nanda Moura junta blues e música nordestina em apresentação no Blue Note

Cantora e guitarrista de blues, Nanda Moura participou do Rolling Stone Sessions na última quarta-feira, 31, em São Paulo

Nanda Moura (Foto: Bruno Churuska/@churuska)
Nanda Moura (Foto: Bruno Churuska/@churuska)

Escondendo um longo delineado nos olhos com óculos escuros redondos, Nanda Moura subiu ao palco do Blue Note, em São Paulo, para apresentação do Rolling Stone Sessions na última quarta-feira, 31, e homenageou diversos nomes do blues. Dentre as músicas interpretadas pela artista estão "Devil Got My Woman", de Skip James, e "Bumble Bee", de Memphis Minnie.

"Foi uma experiência muito boa", descreveu Moura após o show. "Eu adorei me apresentar hoje aqui no Blue Note. Realmente é uma casa diferente, é uma casa que tem uma energia muito peculiar — as pessoas vêm para escutar, para assistir ao show e escutam atentamente o que a gente tá falando, o que a gente tá tocando. Então, isso tem um valor especial para quem tá ali passando uma mensagem, tocando as pessoas mesmo."

A musicista contou com a ajuda de uma banda para parte das canções e ainda convidou Marcelo Naves para tocar gaita em "Bumble Bee", faixa incluída no álbum homônimo de Moura. Finalizando a performance, a cearense juntou blues e música nordestina com o poema do repentista Vicente Reinaldo. Assista:

Os dois estilos de música que mais me capturam são blues e a música nordestina. Seria inevitável, em algum momento, eu acabar juntando essas duas pontas. Peguei um poema de um poeta repentista cearense chamado Vicente Reinaldo e adaptei, fiz uma versão em blues. Esse poema, ele traz uma mensagem muito bacana, que eu gosto de passar para as pessoas... Traz uma mensagem que toca muito, faz a gente refletir, né? Para mim, é o fechamento perfeito.

Perguntada sobre a possibilidade de transformar o amor por blues e música nordestina em álbum, Nanda explicou que ainda há muito a ser explorado: "No momento, eu me seguro bastante, porque eu gosto muito dessa veia do blues tradicional e ainda quero explorar muito esse lado, sabe? Principalmente blues mais antigo, onde eu fico imersa".

"Quanto mais eu cavo, mais eu descubro e fico encantada com a quantidade de coisa que tem para explorar. Então, eu ainda pretendo explorar muito mais o blues tradicional antes de começar a enveredar por outros estilos e começar a fazer outras junções", completou.