De festivais como The Town e Lollapalooza a apresentações solo de grupos como Coldplay e RBD, entenda o porquê São Paulo é importante para o cenário
Publicado em 09/02/2023, às 13h40
São Paulo sempre foi um dos principais polos de shows internacionais no Brasil e na América Latina. O domínio se tornou ainda maior após a retomada do calendário de eventos, em 2021. São tantas apresentações que os fãs até brincam pedindo que artistas e bandas não venham mais ao país.
A capital paulista receberá festivais como o tradicional Lollapalooza Brasil, a segunda edição do MITA Festival e do Primavera Sound, a primeira realização do The Town (promovido pelos mesmos criadores do Rock in Rio), Knotfest, entre outros. Fora os shows solo de artistas e bandas como Coldplay, Imagine Dragons, Def Leppard + Mötley Crüe, RBD, The Weeknd e por aí vai: todos em estádios, para dezenas de milhares de pessoas.
O que tem feito São Paulo contar com tantas atrações do tipo? O jornal O Estado de S. Paulo buscou uma resposta ao entrevistar André Coelho, coordenador de projetos da Fundação Getulio Vargas (FGV). O profissional apontou que planejamento e estrutura são fundamentais para que uma agenda tão robusta possa se tornar realidade.
Na parte de planejamento, a gestão pública precisa ter seu foco bem claro em turismo, por intermédio de ações que também agreguem o setor privado. Já com relação à estrutura, é importante dispor de opções para hospedagem, transporte e alimentação, entre outros detalhes que fazem da capital paulista um destino ideal para esse tipo de evento. Fora a rede de fornecedores, que precisa dar conta de toda essa demanda.
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Ou seja, não é só por já ter uma enorme concentração de pessoas - a cidade de São Paulo tem 12,9 milhões de habitantes e a região metropolitana, 22 milhões. Um complexo aparato precisa estar em funcionamento. Ao jornal, Coelho lembra que eventos fixos como o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 e a Parada do Orgulho LGBTQIA+ fez com que grandes eventos se tornassem rotineiros.
São Paulo é uma cidade rica, que tem essa capacidade de organização, o que a torna atrativa para esse tipo de evento. Os produtores contam com muitos serviços disponíveis, e, com isso, há concorrência, o que permite a negociação de preços, inclusive.”
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Desde 2007 escreve sobre música, com foco em rock e heavy metal. Colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022, mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram, X/Twitter, Facebook, Threads, Bluesky, YouTube: @igormirandasite.