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Música / Artista

Nic Collins explica problema de ser filho de Phil Collins e seguir carreira do pai

Jovem de 23 anos é baterista desde os 2 e excursiona com o pai desde os 15, além de ter seus próprios projetos na música

Igor Miranda
por Igor Miranda

Publicado em 14/08/2024, às 10h50

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Nicholas Collins (Foto: Getty Images)
Nicholas Collins (Foto: Getty Images)

O cantor e baterista Phil Collins tem, ao todo, cinco filhos. A maioria seguiu carreira artística, com destaque a Lily Collins, atriz que se tornou célebre pelo papel na série Emily em Paris. Porém, nenhum outro esteve em contato tão direto com o trabalho do pai como Nic Collins.

É verdade que Simon Collins também seguiu trajetória na música, como vocalista da banda de rock progressivo Sound of Contact. Ainda assim, Nic se tornou baterista e excursionou com Phil tanto em sua carreira solo quanto com o Genesis — as condições de saúde atuais do veterano lhe permitiam apenas cantar, sem empunhar as baquetas, por isso a presença do jovem de 23 anos.

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Naturalmente, o caminho de Nic foi bastante facilitado por conta de Phil. Por outro lado, isso lhe rendeu críticas, seja pelas comparações com alguém tão relevante no mundo da música, seja pelos comentários de que ele só havia ocupado uma posição de destaque por conta da influência do pai.

Tais dilemas foram abordados pelo jovem músico em entrevista a George Dionne (via Rock Celebrities). A conversa rolou junto de seu colega na banda The Effect, o guitarrista Trev Lukather, filho de Steve Lukather (Toto) — ou seja, outra pessoa que nasceu em uma família célebre.

De início, Nic descreveu como uma “bênção” estar no mesmo grupo que Trev, justamente porque o parceiro consegue entendê-lo — já que ambos passam pelo mesmo tipo de situação. Em seguida, contou que ter um pai tão famoso na indústria musical é uma “faca de dois gumes”.

“Vamos ter muitas portas abertas por causa de quem são nossos pais. Isso é ótimo. Mas no final das contas, a primeira coisa é: se você for péssimo, as pessoas não vão te dar atenção. Não importa quem você é se não for bom e não vai render o dinheiro que eles tanto gostam.”

Em seguida, o baterista partiu para uma reflexão existencial ao contar que, diferentemente de antes, hoje já não tem mais tantos problemas com ser filho de quem é. No passado, as comparações incomodavam.

“Como músico, você é imediatamente comparado a alguém. Isso é sempre mencionado em segundo plano. Mas isso é bom. Acho que, a essa altura, nós dois já nos acostumamos. Não tenho nenhum problema com isso agora.”

Nic Collins nepo baby?

Em outra entrevista, à revista People, Nic Collins também compartilhou reflexões sobre o julgamento de parte do público em relação à sua origem. O baterista lidou diretamente com o dilema dos “nepo babies” — termo usado para definir filhos de famosos que decidem embarcar em carreiras similares, sendo favorecidos por isso — e mostrou compreender seus privilégios, ainda que acredite oferecer uma boa performance como músico.

“Escolhi olhar para isso de forma positiva, porque é o que é. Lembro de quando comecei a participar da turnê solo do meu pai e ouvia comentários como: ‘ah, deve ser legal conseguir esse trabalho, porque você é filho do Phil’. Eu pensei: ‘ok, essa é uma perspectiva válida de se ter.’”

Na ocasião, Nic também contou que todo o julgamento se tornou, na verdade, um combustível para que ele melhorasse. O baterista concluiu dizendo que trabalhou ainda mais duro para se consolidar no meio, independentemente da referência familiar.

Fato é que o jovem nascido em 2001 começou a tocar bateria aos 2 anos de idade. Participou da turnê Not Dead Yet, realizada pelo pai entre 2017 e 2019 — tinha apenas 15 anos na época das primeiras apresentações.

Com o desempenho satisfatório — e, obviamente, a relação familiar —, Nic foi chamado para tocar na turnê de despedida do Genesis, The Last Domino?. O giro, com datas mais limitadas, ocorreu entre 2020 e 2022. Ganhou elogios do tecladista Tony Banks, que afirmou à revista Prog: “a abordagem de Nic deu ao grupo a oportunidade de tocar músicas que evitávamos anteriormente”.

Além do The Effect, o jovem baterista passou por bandas como Better Strangers e Mike and the Mechanics.