Dupla fez verão em altíssima conexão com o público na tarde de sexta (24) do festival
O sol brilhava em 30 °C na tarde quente do Lollapalooza e, no Palco Budweiser, Anavitória entregou uma performance igualmente solar. Vestidos leves, cabelos aí vento e pé no chão, a dupla embalou uma respeitosa multidão em um dos grandes momentos celebração ao pop nacional deste início de festival.
Como não poderia deixar de ser, sobrou emoção: o show começou com a emotiva dobradinha de "Tocando em Frente" e "Tenta Acreditar". Lágrimas do público e sobre o palco: relembrando a trajetória da dupla, Vitória Falcão não segurou o choro ao comentar que há 10 anos ela participava pelo primeira vez do Lollapalooza, mas como público, apenas para ser abraçada pela dupla Ana Caetano.
O palco encheu para ver a próxima faixa, o hit "Pupila", da dupla em parceria com Vitor Kley - essa, sim, com o refrão solar entoado mais alto pela plateia do que pela dupla.
No palco do Lolla, Anavitória mostraram a capacidade de fazer verão com as faixas mais românticas. Na voz das duas, melodias como "Ai, Amor" e "Lisboa" viram canção de roda, encontrando leveza até em corações partidos.
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Ponto alto do show, "Agora eu quero ir" é prova disso, com direito a solo da plateia e chuva de papel picado. Um espetáculo do amor gostoso, que abriria o segmento mais otimista do show, com "Partilhar" e "Trevo (Tu)".
Aparte importante às presenças das cantoras é também a banda competente que as acompanha, especialmente os metais e a percussão, responsáveis aqui por grande parte do sucesso da dupla ao vivo. Prova disso é "Te Amar é Massa Demais", em que o sopro faz as vezes de voz.
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"Nunca a gente manifestou tanto uma vontade quanto a vontade de estar no palco desse festival", disse Ana, encaminhando-se para o fim do festival. Manifestação que deu vez à faixa mais agitada da setlist, "universo de coisas que eu desconheço", feat com o Lagum, e a "Porque Eu Te Amo", que encerrou o show
Em um dia de grandes nomes internacionais como Lil Nas X e Billie Eilish, Anavitória são a demonstração de força do pop nacional e do pop feminino, um pop que dispensa a pirotecnia e fala baixinho, sem abrir mão da conexão com o público em um minuto sequer.
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