SAMBA

Na SIM São Paulo 2025, Marcelo D2 e Fabiana Cozza celebram samba: 'Revolucionário e inovador'

Na primeiro dia de painéis da SIM São Paulo 2025, dupla de artistas discutiu o tema 'Samba - Raiz e Renovação do Patrimônio Imaterial da Humanidade'

Redação

Publicado em 19/02/2025, às 12h45
Marcelo D2 e Fabiana Cozza no SIM São Paulo 2025 (Foto: Julia Magalhaes/@jmag.julia)
Marcelo D2 e Fabiana Cozza no SIM São Paulo 2025 (Foto: Julia Magalhaes/@jmag.julia)

Um dos gêneros musicais mais marcantes e históricos da cultura brasileira, samba sempre se reinventou ao longo dos anos, com as mais diversas vozes e artistas. Este foi um dos temas do painel "Samba - Raiz e Renovação do Patrimônio Imaterial da Humanidade", realizado na SIM São Paulo 2025 na última terça, 18, com participação de Marcelo D2, Fabiana Cozza e Maíra da Rosa e mediação de Julio Maria.

Vale lembrar como samba foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial e, ao longo dos anos, atravessou gerações e se renovou ao se misturar com outros gêneros musicais, por exemplo. Inclusive, D2 é amplamente reconhecido por mesclar o samba ao rap, seja na carreira solo ou como parte da banda Planet Hemp.

"O samba sempre foi revolucionário e inovador. Desde os anos 1920, quando a turma do Estácio fundou o Brasil que temos hoje, até os anos 1980, com a geração do Cacique de Ramos e Fundo de Quintal, que está na ativa até hoje, criando um movimento cultural tão ou mais importante para nossa história e formação quanto a Tropicália, Jovem Guarda ou Bossa Nova", afirmou.

Embora não sendo reconhecido como tal. O samba se renova sempre, isso é fascinante, fazer parte desse processo e deixar algo relevante é o que me dá propósito enquanto artista.

Cozza, conhecida como cantora e pesquisadora da música brasileira, encabeçou o disco Urucungo (2023), homenagem ao compositor Nei Lopes que dialoga com a ancestralidade africana. "Renovar é uma constante no samba", disse. "O samba é uma arte fundadora do Brasil, que vai muito além do gênero musical. É um patrimônio vivo, aberto para o novo".

"A renovação é uma constante do samba. Ele se renova desde sua gênese. Antes de falar de tradição e modernidade, o samba fala sobre a ideia negritude," continuou. "Essa ideia perpassa tudo que se faz no samba, sonoridades, afetos, saberes, encontros e musicalidade. Há muito se fala sobre negritude, mas a negritude não se compreende ainda".

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