O conselho que Prika Amaral daria para si mesma no início da Nervosa
Artista brasileira refletiu a respeito das dificuldades enfrentadas no começo da banda e sobre o que faria de diferente nos primórdios da carreira
Bia Cardoso (@b_carddoso)
Uma das principais bandas de metal extremo formadas no Brasil, a Nervosa chega aos 15 anos de carreira com uma série de conquistas. O grupo liderado pela guitarrista e agora vocalista Prika Amaral tem cinco álbuns lançados pela conceituada gravadora austríaca Napalm Records e turnês realizadas em todo o mundo, além de participações em festivais relevantes como Rock in Rio, Tons of Rock e Wacken Open Air — neste, tornaram-se a primeira atração formada só por mulheres a tocar no evento.
O quarteto hoje completo por Helena Kotina (guitarra), Gabriela Abud (bateria) e Emmelie Herwegh (baixo, temporariamente na vaga de Hel Pyre) esteve recentemente no Brasil com a turnê comemorativa de seu 15º aniversário — que também passou também por Argentina e Chile e seguirá, a partir do mês de março, para outros países. Em solo nacional, realizaram sete shows durante os meses de janeiro e fevereiro.
Em entrevista ao jornalista Igor Miranda para a Rolling Stone Brasil, disponível por completo no YouTube, Prika comentou qual conselho daria para si mesma no início da Nervosa. A princípio ela fala sobre não ter medo e “seguir seu coração”, mas admite: “foi o que eu fiz, então fica difícil”. Então, completa:
“Eu acho que talvez se dedicar mais, estudar mais, sabe? Mas é difícil porque a gente não tem tempo, né? A gente tem que casar muitas coisas e lá em 2010, por exemplo, eu fazia faculdade, tinha emprego e ainda tinha mais duas bandas, então, era um pouco difícil de arranjar tempo, mas de repente dar uma enxugada nisso e se concentrar mais numa coisa só, talvez isso seria meu conselho lá atrás, porque daí eu teria me dedicado um pouquinho a mais.”
Outro tema abordado por Prika foi a respeito da melhora na habilidade no momento de tocar, a fim de que tivessem uma performance superior. Com a rotina que ela tinha à época, não era fácil se dedicar exclusivamente à música. A artista refletiu que com o tempo e a experiência as coisas melhoraram, mas caso pudesse voltar ao passado, teria dado um enfoque maior a essas questões.
“Porque a gente não teve muito tempo pra treinar, eu não tinha experiência de estrada, e a gente já saiu tocando. Então, nos primeiros shows, a gente errava muito, o som não era muito bom, mas também essas coisas a gente pega na estrada mesmo, então não sei se isso ia ajudar muito, talvez um pouco, sim. Mas como eu te falei, eu realmente não tinha tempo pra isso, mas se eu tivesse deixado algumas coisas, concentrado um pouquinho mais, talvez aí sim eu teria mais tempo e rolaria um pouco melhor, com certeza.”
Em outro trecho da entrevista, a guitarrista também comentou sobre o plano de voltar ao Brasil ainda no segundo semestre de 2025 e realizar mais shows em outras cidades do país. A logística torna-se uma questão, uma vez que, talvez, seja necessário a realização de turnês curtas entre as datas internacionais.
Até o momento, há performances confirmadas para países como França e Austrália, com última apresentação no dia 11 de julho.
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