Mesmo com sucessos como 'Losing My Religion' e 'Everybody Hurts,' Bill Berry decidiu sair do R.E.M. em 1997
Mesmo com sucessos como "Losing My Religion" e "Everybody Hurts," um desmaio conseguiu mudar completamente a trajetória do R.E.M., icônica banda de rock estadunidense formada por Michael Stipe (vocal), Peter Buck (guitarra), Mike Mills (baixo) e Bill Berry (bateria), segundo informações do Express.
O desmaio em questão aconteceu em 1995, quando Berry caiu, sem consciência, durante show realizado na Suíça em decorrência de um aneurisma cerebral. Após dois anos, o baterista escolheu sair da banda, que virou um trio.
+++LEIA MAIS: R.E.M.: Michael Stipe diz que banda ‘nunca vai se reunir’
"Parecia que uma bola de boliche me atingiu na cabeça. Houve nenhum aviso. Eu estava cantando a parte em falsete de 'Tongue' quando aconteceu,'" relembrou o músico durante entrevista ao Los Angeles Times na época. Porém, exames descobriram como o baterista teve dois aneurismas (um rompeu e o outro não), e ele fez uma cirurgia para evitar isso.
Ao The Boston Globe, Peter Buck falou sobre os bastidores do incidente: "Ele se sentiu tão mal naquela noite que o levamos ao hospital. Só no dia seguinte eles fizeram testes e imediatamente agendaram a operação para o dia seguinte."
Com o sucesso da operação - e sem ter sequelas a longo prazo -, Bill Berry percebeu como ele não queria mais fazer parte do R.E.M. "Os médicos disseram que o fato de Bill ser realmente teimoso era um bom sinal, porque muitas pessoas fazem essa operação e entram em depressão profunda," explicou Buck.
É difícil ter a cabeça operada. Muitas pessoas simplesmente não voltam, porque é o fim do mundo para elas. Depois da operação, Bill mal conseguia se mexer, mas ainda disse que estaria pronto para tocar [bateria] em duas semanas. Sabíamos que não havia como isso acontecer.
Em 1997, Bill Berry falou com a MTV e explicou como a ideia para sair do grupo surgiu durante recuperação da cirurgia. "Eu não pensava especificamente em sair da banda, mas talvez em reavaliar minhas prioridades e coisas que quero fazer com o resto da minha vida," disse.
Talvez não tantas viagens, por exemplo. Estar longe de casa. Tive muito tempo para ficar deitado em uma cama de hospital e pensar nas coisas. Talvez eu tenha começado a sentir pena de mim mesmo.