DIVISOR DE ÁGUAS

O elemento que faltava no rock antes do Led Zeppelin, segundo Robert Plant

Vocalista da banda inglesa cita Bill Haley, o uso da voz e a evolução da figura do performer para exemplificar seu ponto de vista

Guilherme Gonçalves (@guiiilherme_agb) com pauta de Igor Miranda

Robert Plant, do Led Zeppelin, em 1971
Robert Plant, do Led Zeppelin, em 1971 - Foto: Michael Putland / Getty Images

Mais do que um grande vocalista, Robert Plant se destacou como um excelente performer. Tal característica, acoplada a atributos como beleza e sex appeal — além de uma certa arrogância — fizeram dele o protótipo ideal de frontman no rock.

Plant está ciente de seu próprio potencial enquanto atração provocativa. E vai além ao sugerir que ele e o Led Zeppelin foram um divisor de águas nesse sentido.

O inglês era — e ainda é — um amante do blues de nomes como Robert Johnson e Willie Dixon, ou mesmo de roqueiros dos anos 1950, como Bill Haley e Elvis Presley. Mesmo assim, considera que a entrada do fator sexual foi gradual dentro do rock e não estava 100% completa até ter ele em ação com o Zeppelin.

Robert Plant, do Led Zeppelin, em 1975
Robert Plant, do Led Zeppelin, em 1975 – Foto: Michael Ochs Archives / Getty Images

Em declaração de 1998 a Tony Bacon (via Far Out), Plant cita o uso da voz quase como um órgão sexual para diferenciar o rock de seu tempo em relação ao de pioneiros como Bill Haley. Ele explica:

“Você tem esse efeito no vocal que faz tudo parar. Onde você tem que ouvir essa coisa. Bill Haley não tinha, porque seu vocal era seco como um osso e ele não tinha apelo sexual. Mas quanto mais você ouve rock ‘n’ roll e o rockabilly inicial, há alguns efeitos de eco incríveis.”

Plant aponta Elvis já como uma evolução considerável nesse aspecto. O Rei do Rock dançava de forma que seus passos eram vistos como contravenção e praticamente um atentado ao pudor em meados da década de 1950.

Nada, porém, comparado ao que Robert Plant, o “Deus Dourado”, faria no alvorecer da década de 1970, sem camisa, com calças apertadas e o cabelo loiro esvoaçante, somados à voz que repetia “baby, baby, baby” como um mantra de libido e ode ao sexo.

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TAGS: Led Zeppelin, Robert Plant