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Música / Lutador

O lado musical de Charles do Bronx [ENTREVISTA]

Grande nome do MMA mundial, a história do lutador já inspirou canções

Charles do Bronx (Foto: Divulgação UFC)
Charles do Bronx (Foto: Divulgação UFC)

Charles do Bronx, como é conhecido Charles Oliveira da Silva, é atualmente o maior nome do MMA brasileiro. O lutador de apenas 33 anos, natural do Guarujá, em São Paulo, tem uma história que inspira canções. Diagnosticado com febre reumática aos 7 anos, o lutador chegou a ouvir de médicos que não conseguiria andar e precisaria de cadeira de rodas. Aos 18 ele estava curado da doença.

A relação com a luta começa ainda na infância quando, por sugestão de um vizinho, conheceu as artes marciais. Foram alguns meses no Jiu-Jutsu, até conhecer o MMA. Do Bronx passou a competir no UFC dois anos após sua estreia profissional. Finalizando Darren Elkins em sua primeira luta. 

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A partir de junho de 2018 o atleta venceu oito lutas seguidas e chegou a conquistar o cinturão do UFC em maio de 2021. Posteriormente o brasileiro foi destronado pelo russo Islam Mackhachev, com quem lutaria novamente em novembro deste ano para recuperar o cobiçado título. Uma lesão, no entanto, o tirou da competição. 

A carreira brilhante de Charles já inspirou artistas que se inspiram na sua história a cantarem sobre ele. Os MC’s G, Hariel, Davi, Pedrinho, Menor da VG, NK, Trap laudo Tubarão Baixada, por exemplo, lançaram no último ano o set Charles do Bronx

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Em setembro deste ano foi a vez de outros artistas homenagearem o lutador. Os Natiruts se uniram a L7ennon para lançar a faixa “Marcha”. Feita a partir da admiração dos músicos por Charles do Bronx.

Em conversa com Rolling Stone Brasil, o lutador contou que leva a ideia de legado muito a sério e estourar a bolha para que se lembrem dele para além do MMA. Para ele, mais uma música contando sua história traduz esse sentimento. Charles considera que sua história, o lugar de onde vem e as superações pelas quais passou faz com que as pessoas se sintam próximas.

Eu gosto de escutar música deitado, em casa, com um fone. Eu recebi a música e pensei ‘depois eu escuto,’ porque gosto de fazer isso em silêncio, na minha, para entender. Eu me emocionei porque fala muito do que eu falo: ‘A favela venceu’.”

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Charles conta que ficou agradecido pela parceria entre L7nnon e Natiruts. Ele conta que durante o processo de produção de “Marcha,” os músicos estavam em contato com a sua equipe e o resultado foi, como ele classifica, “muito bom”. O lutador já conhecia L7 pessoalmente, mas esse foi o primeiro contato com a banda, apesar de já conhecer o trabalho. 

A relação do lutador com a música é bastante diversa: pelas playlists de Charles passam muitos tipos de música. De sertanejo a funk. “Em cada fase, cada momento é um álbum,” conta. O atleta também costuma escutar músicas enquanto treina e corre. 

 O momento que eu mais gosto de escutar música é quando estou sozinho. Ou na televisão, no som, ou no fone de ouvido. Sou cara bem eclético e gosto de escutar de tudo um pouco.”

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Antes de subir no octógono, o lutador gosta de ouvir louvores, mas também há espaço para canções que o inspirem e lembrem de sua história. “Às vezes escuto alguns funks que contam como a favela venceu, como a gente pode. Mas sempre um louvor para estar o mais próximo de Deus possível,” ressalta. 

Os momentos em que Charles está na fazenda também são sempre embalados por canções. Por falar nisso, o lutador tem como hobby as corridas com american trotters. “Sempre fui apaixonado pelos animais, minha mãe fala que eu gosto mais deles que das pessoas. Sou apaixonado por cavalos há muito tempo e sempre que eu posso tô correndo. É meu escape,” finaliza o lutador. 

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