Guitarrista do Guns N’ Roses quase conseguiu consumar o ato ao som de clássico do Aerosmith, mas não foi a obra do quinteto que o acompanhou
Publicado em 05/12/2024, às 08h00
Para tudo na vida, existe uma primeira vez. Com os astros do rock não é diferente: Slash também teve suas experiências íntimas inaugurais e parece se recordar delas de forma vívida.
Como músico, o componente sonoro é um detalhe importante para o guitarrista do Guns N’ Roses. A ponto de ele se lembrar qual foi o disco que ouviu enquanto fazia sexo pela primeira vez.
Antes, vale destacar: Slash cresceu cercado de rock and roll. O som da Inglaterra, sua terra natal, foi apresentado por seu pai. Já sua mãe, americana, transitava entre alguns nomes do gênero por trabalhar com moda. David Bowie, Ringo Starr, John Lennon e Janis Joplin foram alguns dos nomes presentes nos primeiros anos de vida do jovem Saul Hudson, seu nome real.
O Aerosmith acabou por se tornar sua primeira grande paixão na música. Não é raro vê-lo citar o clássico Rocks (1976) entre seus discos favoritos.
Em entrevista à Classic Rock (via Far Out Magazine), o guitarrista contou que o quarto álbum da banda americana quase serviu como trilha sonora para sua “estreia” ao lado de uma garota. Conforme o próprio, não rolou.
Eu quase tive a primeira transa com Rocks… eu estava cortejando essa garota por meses. Finalmente fui a seu apartamento enquanto a mãe dela estava fora, e ela colocou (o disco). Eu toquei aquilo de novo e de novo, até que ela disse: ‘é melhor você ir!’.”
Em seguida, o guitarrista revelou o álbum que tocou pela primeira vez durante uma relação: Rumours (1977), do Fleetwood Mac. O músico descreveu o disco como “muito popular entre as garotas” e deu uma dica para quem estiver no mesmo momento da vida:
Normalmente, é com a música da garota que você acaba transando.”
Slash parece gostar da obra do Fleetwood Mac, mas seu período favorito não parece ser o que gerou Rumours. O músico recorreu aos primórdios do grupo, quando ainda era orientado ao blues e liderado pelo guitarrista Peter Green, ao escolher um cover para seu álbum solo, Orgy of the Damned (2024): “Oh Well”, clássico de 1969.
Para a nova versão, o homem da cartola contou com a ajuda do astro country Chris Stapleton, que já havia aberto shows do Guns N’ Roses pouco tempo antes. Mesmo assim, Slash contou à Rolling Stone EUA que precisou ser invasivo para contatar o cantor ao realizar uma ligação inesperada.
O resultado valeu a pena. O guitarrista disse:
A cadência de canto de Chris e aquele sotaque que ele tem para essa música em particular, na minha opinião, pareciam perfeitos.”
Além de Stapleton, aparecem em Orgy of the Damned músicos como Demi Lovato, Gary Clark Jr., Chris Robinson, Billy Gibbons, Iggy Pop, Paul Rodgers, Brian Johnson, Beth Hart, entre outros. Foi o primeiro trabalho totalmente solo de Slash desde o álbum homônimo de 2010, lançado antes de se juntar ao vocalista Myles Kennedy e o The Conspirators, sua banda de apoio.
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Colaborou: André Luiz Fernandes.
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Desde 2007 escreve sobre música, com foco em rock e heavy metal. Colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022, mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram, X/Twitter, Facebook, Threads, Bluesky, YouTube: @igormirandasite.