Baixista ainda revelou que seu “segundo melhor” disco tem ninguém menos que Adele como uma grande fã
Em mais de 40 anos de carreira, o Red Hot Chili Peppers construiu um catálogo relativamente longo. São mais de 10 álbuns de estúdio lançados, muitos deles extremamente bem-sucedidos, com milhões de cópias vendidas por todo o mundo e vários hits devidamente emplacados.
Por isso, parece bem complicado escolher qual seria o melhor trabalho em meio a este catálogo, não é mesmo? Ainda assim, Flea tem sua resposta na ponta da língua — ainda que com algumas ressalvas.
Em entrevista ao Los Angeles Times, o baixista e um dos fundadores do Chili Peppers foi convidado a citar o álbum do grupo que está no topo de sua lista pessoal. A resposta surpreendeu não exatamente pela escolha — Blood Sugar Sex Magik (1991) —, mas pelas observações feitas.
+++ LEIA MAIS: O pior álbum do Red Hot Chili Peppers, segundo Flea
Sem se incomodar, Michael Peter Balzary — nome real do músico — destacou a canção que está “sobrando” no disco. E citou outro trabalho que bate de frente com o seu escolhido.
“‘The Greeting Song’ não é boa o suficiente. E o álbum Californication é muito bom de cima para baixo. Eu vi Adele há pouco tempo e ela me disse que era seu disco favorito de todos os tempos. Isso significou muito para mim porque sou um grande fã de Adele.”
Não à toa, o baixista citou os dois registros de maior sucesso do Red Hot. Blood Sugar Sex Magik, responsável por fazer o grupo estourar em definitivo, traz músicas do porte de “Give it Away”, “Under the Bridge”, “Suck My Kiss” e “Breaking the Girl”, entre outras. Já Californication, tido como o trabalho que recolocou a banda no topo, apresenta sons como a faixa-título, “Around the World”, “Scar Tissue” e “Otherside”.
Ainda durante a entrevista, Flea também foi questionado a respeito daquele que seria o pior álbum da trajetória do Red Hot Chili Peppers. Outros artistas talvez dariam um jeito de fugir da resposta, mas não foi este o caso: ele citou o disco de estreia, The Red Hot Chili Peppers, de 1984.
“Sempre me arrependo da maneira como fizemos o primeiro. Acho as músicas muito boas. Nossa banda estava demais na época. Mas o Jack [Irons, baterista] e Hillel [Slovak, guitarrista] saíram e contratamos esses dois outros caras: Jack Sherman e Cliff Martinez. Ambos eram ótimos músicos, mas a conexão não era tão profunda quanto tínhamos com os caras com quem começamos.”
Por fim, o baixista revelou um projeto particular um tanto curioso para este material. O problema é fazer o resto da banda abraçar a ideia.
“Sempre quis voltar e regravar aquele álbum, mas nunca consigo convencer ninguém a fazer isso.”