Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil
Música / IMBRÓGLIO

O que Leoni diz sobre ter sido processado por Paula Toller

Músico foi acionado pela ex-parceira de Kid Abelha sob acusação de ter usado a música “Pintura Íntima” na campanha de Fernando Haddad

Igor Miranda (@igormirandasite)
por Igor Miranda (@igormirandasite)

Publicado em 03/12/2024, às 16h37

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Leoni (Foto: reprodução / YouTube)
Leoni (Foto: reprodução / YouTube)

Em 2018, Paula Toller processou Leoni, seu ex-parceiro de Kid Abelha, além de Fernando Haddad e a direção do Partido dos Trabalhadores (PT). A razão foi o uso não autorizado da música “Pintura Íntima” na campanha do então presidenciável.

Tratam-se de ações distintas, ainda que associadas ao mesmo episódio. No caso do político e de seu partido, ambos foram condenados a pagar indenização, mas recorreram e em 2024 saíram vitoriosos. Já na situação envolvendo o artista, o caso ainda tramita na Justiça.

Em entrevista a Valmir Moratelli para a Veja, Leoni comentou o imbróglio. O músico definiu o episódio como “desagradável” e apontou que estava à disposição para solucionar sem precisar envolver a Justiça.

“Ela ganhou a primeira instância, recorri, e ainda está tramitando. Acho esquisito na verdade, porque não fez parte da campanha do Haddad. Gravei ‘Pintura Íntima’ para ajudar ele, mas coloquei nas minhas redes, não foi da campanha oficial. Mas ela me processou e a gente ainda está resolvendo na Justiça. Foi muito desagradável. A gente podia ter resolvido de forma pessoal.”

Na opinião do artista, há ainda um reflexo para a obra que ambos construíram juntos. Leoni foi baixista do Kid Abelha entre 1981 e 1986 e assumiu a função de principal compositor no período.

“É claro que para obra não é tão legal, porque fica certa confusão. É esquisito parceiros se processarem, daria para resolver de outro jeito.”

Ainda em sua declaração, o músico apontou:

“Mas é estranho de maneira geral para a classe, principalmente na eleição de Lula e Bolsonaro, optar por um lado mais à direita. Porque cabe aos artistas imaginar novos mundos, mundos melhores, não essa coisa de querer retornar a um passado glorioso que não houve.”

Paula Toller e a polarização

Em entrevista também à Veja, meses antes da concedida por Leoni, Paula Toller discutiu a polarização política e disse ter sido criticada por ambos os espectros. Embora tenha movido processo contra Fernando Haddad e o PT — além de Leoni —, a cantora assinou em 2022 a Carta em Defesa dos Direitos da Democracia, lançada pela Universidade de São Paulo (USP). O documento não cita nomes, mas menciona ataques ao sistema eleitoral feitos pelo então presidente Jair Bolsonaro.

Ela afirmou:

“Sim, fui uma vítima dos dois lados. Estou em outra geometria social. Tenho amigos de todos os tipos. Não acredito em ficar batendo de frente com as pessoas, como se fosse de uma seita. Não tenho ídolo político. Sou pragmática. Falo de política, mas não sobre os políticos.”

+++ LEIA MAIS: Como o Kid Abelha fez uma das melhores estreias do rock nacional
+++ LEIA MAIS: Paula Toller anuncia audiovisual comemorativo dirigido pelo filho

Igor Miranda (@igormirandasite)

Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Desde 2007 escreve sobre música, com foco em rock e heavy metal. Colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022, mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram, X/Twitter, Facebook, Threads, Bluesky, YouTube: @igormirandasite.