TROCA DE ELOGIOS

O que Shirley Manson acha do L7 — e qual a opinião de Donita Sparks sobre o Garbage

Bandas têm conexão histórica desde os anos 1990, mas antes de turnê brasileira que começa nesta sexta-feira, 21, nunca haviam se apresentado juntas

Igor Miranda (@igormirandasite)

Publicado em 20/03/2025, às 19h43

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Shirley Manson (Garbage) e Donita Sparks (L7) - Fotos: Shirlaine Forrest / WireImage e Marc Broussely / Redferns

Embora suas trajetórias estejam profundamente conectadas, Garbage e L7 nunca se apresentaram juntos. Tal “desfeita” acaba neste fim de semana — e em território brasileiro.

As duas bandas realizam três shows em conjunto no Rio de Janeiro (21/03, no Sacadura 154), São Paulo (22/03, no Terra SP) e Curitiba (23/03, na Ópera de Arame). Ingressos podem ser adquiridos nos sites Fastix (Rio e Curitiba) e Clube do Ingresso (SP). A produção é da Liberation MC.

Em entrevista a Heloísa Lisboa para a Rolling Stone Brasil, a cantora Shirley Manson, do Garbage, foi convocada a compartilhar sua opinião a respeito do L7. E Donita Sparks, vocalista e guitarrista do L7, recebeu o convite deste que vos escreve para dizer o que pensa sobre o Garbage.

Como era de se esperar, apenas — e justos — elogios. Ambas lembraram que a conexão existe antes mesmo de o Garbage ter sido fundado, em 1993. Um dos integrantes do grupo em questão, Butch Vig, também é um renomado produtor. Comandou as gravações de álbuns como Nevermind (Nirvana, 1991), Siamese Dream (Smashing Pumpkins, 1993), Wasting Light (Foo Fighters, 2011) e, curiosamente, Bricks Are Heavy (1992), um dos trabalhos mais conhecidos do L7.

Shirley Manson sobre L7

Inicialmente, com a palavra, Shirley Manson:

“[Sou fã] Para c*ralho! Somos muito fãs do L7. Nós somos amigas, e eu sou obcecada pela Donita. Saímos juntas e nos amamos. E o Butch, baterista do Garbage, produziu Bricks Are Heavy — o álbum do L7 que estourou. Temos um longo caso de amor com L7 e mal conseguimos acreditar que aceitaram tocar com a gente. Tipo, elas são lendas, sabe? Vai ser uma ótima experiência para a gente.”

Shirley Manson, vocalista do Garbage - Foto: Getty Images

A cantora do Garbage ainda complementou, destacando a formação completamente feminina do L7:

“Além disso, o L7 é composto por heroínas feministas f*das, até onde eu me lembro. Mulheres assim são muito importantes e necessárias. Precisamos de mulheres assim, que viram o olhar masculino do avesso, que desafiam as regras. Elas são joias — e isso é demais para a gente.”

Donita Sparks sobre Garbage

Por sua vez, Donita Sparks teceu o seguinte comentário a respeito da conexão anterior do L7 com o Garbage, em especial com Butch Vig na “skin” produtor:

“Butch Vig produziu Bricks Are Heavy em 1992 e o Garbage ainda não havia sido formado, mas Duke [Erikson] e Steve Marker [membros do Garbage] também trabalharam no álbum. Também conhecemos esses caras, mas sempre tivemos uma conexão forte com Butch, porque saíamos mais com ele e estávamos no estúdio gravando com ele. Butch é muito elegante, mas tem um ótimo senso de humor.”

Donita Sparks, do L7, durante show em 2020 - Foto: Rich Polk / Getty Images for The Art of Elysium

Curiosamente, levou algum tempo até que Donita conhecesse Shirley pessoalmente. Aconteceu por volta de 10 anos atrás. “Eu a conheci em um restaurante, nos reconhecemos, ela foi para a minha cabine e começamos a conversar. Somos amigas desde então. Ela é realmente ótima”, relembrou, antes de tecer comentários sobre o trabalho dos colegas de tour:

“Amo a música do Garbage. Acho que eles sempre tiveram uma mistura muito legal de rock and roll, eletrônica, pop e estranheza. São uma banda única. Shirley tem uma ótima voz, a banda sempre soa ótima, as batidas de bateria são ótimas. Eles têm uma combinação de samples e bateria de verdade, o que é muito legal e poderoso.”

*Garbage e L7 se apresentam no Rio de Janeiro (21/03, no Sacadura 154), São Paulo (22/03, no Terra SP) e Curitiba (23/03, na Ópera de Arame). Ingressos podem ser adquiridos nos sites Fastix (Rio e Curitiba) e Clube do Ingresso (SP).