O sábio conselho de Ozzy Osbourne para músicos mais jovens

Por vezes pode até não parecer, mas Ozzy Osbourne sabe o que faz na indústria da música. Amparado pela esposa e empresária Sharon Osbourne, o Madman conseguiu se reerguer em carreira solo após ter chegado ao topo com o Black Sabbath.

Enfileirando êxitos, o cantor construiu um império para si e estabeleceu até mesmo uma forte imagem midiática. Nada foi por acaso.

Por isso, um conselho vindo de Ozzy para os músicos é sempre bem-vindo. E em 2019, durante entrevista à SiriusXM, ele deu uma dica para os jovens que estão começando agora no segmento.

“Essa é uma das coisas que as pessoas sempre me perguntam: qual conselho eu daria para artistas que estão chegando? E o conselho que sempre dou é: se você está entrando nesse meio com seriedade, componha o máximo de músicas que puder.”

O conselho parece óbvio, mas a justificativa foge do lugar comum. Ele completou:

“Se você conseguir um hit, nunca haverá músicas o suficiente.”

O entrevistador concordou com Osbourne e comentou:

“Você está certo. A prova está aqui. Você lançou 16 álbuns e as pessoas ainda estão procurando por faixas extras, um box set, as canções lado B…”

Ozzy, então, conclui citando sua própria experiência com o público:

“As pessoas sempre estão me perguntando se eu tenho alguma música inédita, que nunca foi lançada, do Sabbath ou da carreira solo.”

Ozzy Osbourne e a ajuda de Sharon

A ajuda de Sharon Osbourne também acabou se mostrando valiosa para o Madman durante esta entrevista. O cantor revelou que box set recém-lançado à época, See Your On The Other Side, foi montado por ela após um pedido pessoal dele.

“Ela (Sharon) é a minha outra metade, me ajudou em muitas outras maneiras além de ser apenas minha empresária e minha esposa.”

Aprendizado transmitido a Steve Vai sobre composição

Em um breve momento na década de 1990, Ozzy Osbourne trabalhou com Steve Vai. O guitarrista conseguiu extrair, também, um aprendizado do cantor em relação à arte da composição — neste caso, porém, diz mais respeito ao processo.

Ao Let There Be Talk (via site Igor Miranda), ele destacou que, no passado, se preocupava demais com a divisão dos direitos autorais. Saber quem compôs qual parte era mias importante do que a qualidade da música em si. Isso estava errado. Vai comenta:

“Em certo momento, me preocupava muito com quem estava compondo o quê. Mas isso acabou, principalmente quando eu estava trabalhando com Ozzy. Naquela ocasião, Ozzy e eu deveríamos compor. Então, um músico que estava trabalhando com a gente chegou e começou a apresentar ideias. E eu fui ingênuo e disse para Ozzy: ‘Qual é a função dele aqui? Achei que eu e você que estávamos compondo’. E Ozzy, com seu brilho inocente, me disse: ‘Não dou a mínima se ele chegar aqui e compor alguma coisa, só precisamos de uma boa música’. E esse foi o fim do meu pesadelo autoral. Você quer a melhor música. E é bom trabalhar com pessoas. Às vezes, duas ou três cabeças pensam melhor do que uma.”

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