5 músicas do Oasis que faltaram nos shows no Brasil, segundo crítico da Rolling Stone

Não dá para reclamar dos shows realizados pelo Oasis no Brasil. A banda liderada pelos irmãos Liam (voz) e Noel Gallagher (guitarra e voz) lotou o estádio MorumBIS, em São Paulo, no último sábado, 22, e domingo, 23.

Foram as datas finais da turnê de reunião Oasis Live ’25. Ainda não se sabe se há planos de estender a excursão para 2026, apesar de rumores indicarem a possibilidade. Logo, até o momento, deve-se considerar que as performances em território nacional concluíram a tour.

Ao longo de todo o giro, o grupo manteve o mesmo repertório, fortemente calcado em seus dois primeiros álbuns, Definitely Maybe (1994) e (What’s the Story) Morning Glory? (1995). As faixas desse par de discos e outras canções compostas no mesmo período, mas lançadas somente em singles, compuseram a maioria do setlist — mais especificamente, representaram 20 das 23 escolhas.

A escolha foi consciente. Os irmãos Gallagher sabem que a época mencionada guarda suas composições mais populares. Atenderam aos anseios da gigantesca maioria do público que os assistiu entre julho e novembro por todo o planeta.

No entanto, também não há como deixar de destacar que o setlist ficaria ainda melhor se agregasse algumas faixas de outros períodos. A lista a seguir destaca 5 canções que poderiam ter entrado no setlist em algum momento da tour. E quais sairiam? Boa pergunta!

5 músicas do Oasis que faltaram nos shows no Brasil

1) “Stop Crying Your Heart Out”

Por um lado, esta talvez seja a ausência mais surpreendente, dada a popularidade. Houve até campanha dos fã-clubes brasileiros para que o público pedisse a música do álbum Heathen Chemistry (2002) em determinado momento dos shows em São Paulo. Está entre as cinco faixas mais ouvidas do Oasis no Spotify, por isso o apelo do público.

Sob outra perspectiva, porém, dá para entender a decisão de cortar “Stop Crying Your Heart Out”. A canção explora o lado mais agudo da voz de Liam Gallagher e não teria execução fácil. Além disso, seu instrumental é elaborado e envolve até mesmo o uso de instrumentos tradicionais de orquestra. Ainda assim, é inegável: seria legal ouvir mais esse hit no Brasil.

2) “Lyla”

Desconsiderando o cover de “I Am the Walrus” (Beatles), “Lyla” é a música mais executada ao vivo do Oasis a ficar fora da turnê de reunião. O principal single do elogiado álbum Don’t Believe the Truth (2005) foi executado em praticamente todos os shows desde seu lançamento até o fim do grupo em 2009. Por alguma razão, esteve fora da atual turnê.

3) “The Importance of Being Idle”

Outra representante de Don’t Believe the Truth que caberia no repertório, “The Importance of Being Idle” poderia compor algum dos blocos de músicas cantadas por Noel Gallagher, ainda que seja ligeiramente diferente das baladas que o guitarrista escolheu para assumir vocais no setlist. Mas nem sempre o músico está disposto a tocá-la: a faixa não esteve tão presente nos shows do projeto High Flying Birds e ele chegou a dizer claramente, durante show em São Paulo no ano de 2018, que não queria executá-la mesmo após pedidos de fãs.

4) “I’m Outta Time”

Rara composição de Liam Gallagher a ser lançada pelo Oasis, “I’m Outta Time” pertence a Dig Out Your Soul (2008), último álbum disponibilizado pelo grupo antes de seu rompimento. Tanto esta balada quando a agitada “The Shock of the Lightning” poderiam representar o disco derradeiro — e como as outras citadas até aqui, fazer justiça às obras produzidas com Gem Archer (guitarra) e Andy Bell (baixo) —, mas escolhi a melodiosa canção para a lista simplesmente por Liam assinar sua criação.

5) “I Am the Walrus” (Beatles)

Como citado, a versão para “I Am the Walrus” é a música mais tocada pelo Oasis ao longo de sua carreira a não estar no repertório da turnê. De acordo com o Setlist.fm, foi executada ao vivo mais vezes até do que “Some Might Say” e “Hello”, clássicos de (What’s the Story) Morning Glory?. O show atual traz até uma referência aos Beatles com trecho de “Octopus’s Garden” ao fim de “Whatever”, mas uma menção mais clara aos ídolos seria ainda mais legal.

Rolling Stone Brasil: Edição de Colecionador — Oasis

Rolling Stone Brasil – Edição de colecionador. O sonho do retorno do Oasis com Noel e Liam Gallagher na formação parecia impossível. Não é mais. A dupla, cheia de atitude, deixou sua marca no rock mundial logo nos dois primeiros discos de estúdio, Definitely Maybe (1994) e (What’s the Story) Morning Glory? (1995), cujas músicas ressoam com os antigos e novos fãs.

Os Gallagher sobreviveram ao teste do tempo e estão melhores do que nunca, seja tecnicamente ou pela relação interna. Neste especial, a Rolling Stone Brasil resgata as brigas, disseca o estilo inconfundível dos irmãos de Manchester e faz uma análise aprofundada da discografia, lados B e melhores músicas da banda. À venda no site Loja Perfil.

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