Pastor sugeriu que Oficina G3, destaque do segmento religioso, não se apresentasse mais em igrejas após participação de Duca Tambasco no Festival do Futuro
Oficina G3 publicou um comunicado em suas redes sociais após uma série de críticas pelo baixista, Duca Tambasco, ter se apresentado com outros músicos no Festival do Futuro. O evento foi realizado em celebração à posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no último dia 1º, em Brasília.
Conforme apontado pelo site Pleno News, os comentários negativos ganharam força após o pastor Anderson Silva cobrar um posicionamento da banda. Também por intermédio das redes sociais, o religioso chegou a sugerir que o grupo, um dos mais famosos do Brasil no segmento gospel, não se apresentasse mais em igrejas.
+++LEIA MAIS: Silvio Almeida, ministro de Lula, teve banda de rock com integrantes do Velhas Virgens
“O sujeito da foto, Duca Tambasco, é o baixista da banda gospel Oficina G3. É dever de toda liderança evangélica séria e bíblica não permitir que tal sujeito nem mesmo a banda Oficina G3 se apresentem nas igrejas que pastoreamos. Se a banda não concorda com os valores amorais da esquerda, deveriam emitir uma nota para a igreja brasileira.”
Em resposta à controvérsia, os músicos declararam que não se manifestam politicamente de forma coletiva, mas que seus integrantes têm liberdade para se pronunciar de forma individual. O texto reforça que os músicos nunca misturaram assuntos políticos a seu ministério. Leia a íntegra a seguir:
Pessoal, depois de toda a polêmica que surgiu nos últimos dias, e depois de horas de conversa, aconselhamentos e orações, achamos por bem nos manifestarmos.
A banda Oficina G3 é um ministério de mais de 30 anos de existência formado atualmente por Juninho Afram, Jean Carlos e Duca Tambasco.
Ao longo dessa jornada, diversas pessoas passaram pela banda, sejam músicos, técnicos e demais profissionais do meio musical.
Contudo, jamais em nossa história misturamos política ou qualquer coisa que tenha um viés político ao nosso ministério.
Sendo assim, o posicionamento político de qualquer um dos membros não representa o posicionamento da banda, que repetimos, não tem e jamais terá cunho político, pois essa instituição prega apenas a mensagem de Jesus descrita na Palavra.
Em nosso ministério falamos única e exclusivamente do amor de Deus, da mensagem da salvação através de Jesus e da consolação do Espírito Santo.
Essa sempre foi e sempre será a nossa única mensagem. Aqueles que nos acompanham durante toda nossa história sabem disso.
Contudo, o Oficina G3 é formado por indivíduos que possuem pensamentos, posicionamentos e opiniões políticas que não são, e jamais serão objeto de expressão de nossa mensagem como banda.
Finalizando, precisamos cuidar para que a polarização, linchamentos virtuais e a cultura do cancelamento que atingiram níveis insuportáveis em nossa nação não destrua relacionamentos, famílias e instituições.
Esperamos que essa nota encerre de uma vez por todas essa discussão, pois não nos manifestaremos novamente sobre esse assunto publicamente, mas, se preciso, no devido processo legal.
No amor de Jesus,
Oficina G3.
Ver essa foto no Instagram
Por meio de uma postagem nos Stories do Instagram, Duca Tambasco também falou sobre a polêmica de forma separada. O baixista declarou que a postura de Anderson Silva foi “infantil” e movida pelo “ódio”.
"Ele não me conhece, nunca tomou um café comigo, nunca me deu um abraço ou ouviu meu ritmo de fala e isso é conveniente pra ele, afinal, é muito mais fácil se dispor a destruir uma caricatura, um arquétipo monstruoso e desfigurado do que alguém que você ouve a voz, que você abraça, que por mais que discorde das ideias, você senta à mesa para dividir o tempo, o pão e a oração. Dando o benefício da dúvida, acho que isso é mais infantilidade do que qualquer outra coisa. No mais, estou bem!"