Dos clássicos do boogaloo à salsa romântica, uma lista que define seis décadas de ritmo e histórias
A salsa começou como um fenômeno caribenho, mas rapidamente se espalhou pelo mundo, levando suas batidas envolventes e melodias cativantes a um patamar universal. Com raízes em vários estilos cubanos e uma influência particularmente portorriquenha, esse gênero transformou-se em uma das maiores revoluções musicais da América Latina.
Criada para fazer dançar nas pistas dos clubes noturnos, a salsa também consegue tocar o ouvinte no mais profundo de suas emoções, trazendo histórias de saudade, luta e paixão.
O som que hoje chamamos de salsa foi moldado em 1965, quando jovens músicos latinos começaram a reinventar os ritmos tropicais que faziam parte de suas raízes — como a guaracha, o son montuno e a bomba. Enquanto os Beatles dominavam o cenário pop mundial com suas inovações sonoras, esses artistas de salsa acrescentavam novos ingredientes ao universo caribenho: o rock e a psicodelia, o funk e o R&B, o bossa nova e o jazz.
Essa música evoluiu ao longo dos anos: começou com o boogaloo dos anos 60, passou pela salsa sinfônica e grandiosa dos anos 70 e, nos anos 80, abriu espaço para a salsa romântica, que flertava com o pop. Desde então, ela oscila entre tons mais suaves e abordagens mais intensas, sem perder a capacidade de se reinventar.
Para celebrar essa trajetória, a Rolling Stone EUA reuniu, com o apoio de grandes nomes do gênero, jornalistas e musicólogos, uma lista com os 50 álbuns mais icônicos da salsa, lançados entre os anos 60 e os dias de hoje. Nesta seleção, não entram os ícones do mambo dos anos 50, que representam uma vertente à parte.
Abaixo, confira os álbuns ranqueados do 50º ao 1º lugar:
50. La-33, La-33 (2004)
49. Bobby Rodríguez, Lead Me To That Beautiful Band (1975)
48. Luis Enrique, Ciclos (2009)
47. Guayacán Orquesta, Sentimental de Punta a Punta (1991)
46. Típica 73, Típica 73 (1973)
45. India, Llegó La India… Vía Eddie Palmieri (1992)
44. Cheo Feliciano, Estampas (1979)
43. Spanish Harlem Orchestra, Across 110th Street (2004)
42. Machito, Fireworks (1977)
41. Tito Puente, Homenaje a Beny (1978)
40. Tommy Olivencia y su Orquesta, Planté Bandera (1975)
39. Justo Betancourt, Pa Bravo Yo (1972)
38. Ray Barretto, Rican/Struction (1979)
37. Frankie Ruiz, Solista… Pero No Solo (1985)
36. Ángel Canales, Sabor (1975)
35. La Lupe, Queen of Latin Soul (1968)
34. Charlie Palmieri, El Gigante del Teclado (1973)
33. Ismael Rivera y sus Cachimbos, Esto Sí Es Lo Mío (1978)
32. Willie Colón & Hector Lavoe, Asalto Navideño (1970)
31. La Dimensión Latina, ’75 (1974)
30. Johnny Pacheco & Pete ‘El Conde’ Rodríguez, Tres de Café y Dos de Azúcar (1973)
29. Marc Anthony, Todo A Su Tiempo (1995)
28. Ismael Miranda, Así Se Compone Un Son (1973)
27. Ricardo Ray Y Bobby Cruz, El Bestial Sonido De… (1971)
26. Gilberto Santa Rosa, Intenso (2001)
25. Bobby Valentín, Soy Boricua (1972)
24. Willie Rosario, Infinito (1973)
23. Willie Colón, Fantasmas (1981)
22. The Joe Cuba Sextet, Wanted Dead Or Alive (1966)
21. Eddie Palmieri, The Sun of Latin Music (1974)
20. Orchestra Harlow, Salsa (1974)
19. Rubén Blades y Seis del Solar, Buscando América (1984)
18. Joe Arroyo y La Verdad, Musa Original (1986)
17. Tito Puente, Para Los Rumberos (1972)
16. Fania All-Stars, Live at the Cheetah, Vol. 1 (1972)
15. Mark Dimond, Brujería (1971)
14. Grupo Niche, No Hay Quinto Malo (1984)
13. Willie Colón & Héctor Lavoe, Cosa Nuestra (1969)
12. Roberto Roena y su Apollo Sound, 6 (1974)
11. Rafael Cortijo & Ismael Rivera, Con Todos Los Hierros (1967)
10. Fruko y sus Tesos, El Grande (1975)
9. El Gran Combo, ¡Aquí No Se Sienta Nadie! (1979)
8. Ray Barretto, Indestructible (1973)
7. La Sonora Ponceña, Musical Conquest (1976)
6. Oscar D’León, Y Su Salsa Mayor (1978)
5. Johnny Pacheco & Celia Cruz, Celia & Johnny (1974)
4. Cheo Feliciano, Cheo (1971)
3. Héctor Lavoe, Comedia (1978)
2. Eddie Palmieri, Azúcar Pa’Ti (1965)
1. Willie Colón & Rubén Blades, Siembra (1978)
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