Ozzy Osbourne no auge era nível Robert Plant e Ian Gillan, diz Zakk Wylde

Embora seja reconhecido como um dos vocalistas mais importantes da história do rock, Ozzy Osbourne nem sempre é lembrado por sua técnica enquanto cantor. Seja com o trabalho com o Black Sabbath, seja em sua carreira solo, o Madman costuma ser mais lembrado pelo carisma e capacidade de interpretação — no sentido de oferecer emoção à performance — do que pela extensão vocal, por exemplo.

Seu guitarrista de longa data, Zakk Wylde, discorda disso. Para ele, o “patrão” deve ser exaltado também pela técnica vocal, especialmente pelo que apresentou na década de 1970. Em entrevista ao site Igor Miranda, o músico comparou Osbourne a contemporâneos como Robert Plant (Led Zeppelin),Ian Gillan (Deep Purple), Rod Stewart e Steve Marriott (Small Faces, Humble Pie).

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“Nunca entendi esse papo sobre Ozzy. Ozzy é um ótimo cantor, é só escutar tudo do Sabbath. É f*da, os vocais dele… eu colocaria os vocais dele no Sabotage (álbum de 1975) contra qualquer um dos contemporâneos dele. Seja Robert Plant, Ian Gillan, Rod Stewart, Steve Marriott, quem qualquer um deles. Os vocais dele no Sabotagesão incríveis.”

Outro talento de Ozzy exaltado por Zakk é a facilidade para criar melodias vocais. Isso fez com que o guitarrista apelidasse o cantor de “rei das melodias”.

“Em todos os meus anos com Oz, raramente o que ele cantava no disco não era a primeira coisa que ele bolava. Que ele ficava burilando, não gostava do que estava cantando e tentando achar a melodia. Eu ficava tocando, ele ficava procurando e eu te garanto que a primeira coisa que saía da boca dele era a boa. Tudo nas músicas ‘No More Tears’, ‘Mama I’m Coming Home’, ‘Miracle Man’, ‘Crazy Babies’… tudo era de primeira e sempre matava a pau.”

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Ozzy Osbourne e o amor pelos Beatles

Ainda durante a entrevista, Zakk Wylde revelou uma teoria bem particular a respeito do talento de Ozzy Osbourne para criar melodias. Para o guitarrista, a paixão do vocalista pelos Beatles fez com que ele desenvolvesse um senso musical muito forte enquanto compositor.

“Isso vem do amor dele pelos Beatles. É natural, porque é assim que ele ouve. A melodia que ele bota em ‘Symptom of the Universe’, como que ele bolou aquilo? Era simplesmente o que ele escutou e cantou. É fenomenal. Eu diria que ele é o rei da melodia mesmo, cara.”

Citado várias vezes por Zakk Wylde, o álbum Sabotage é o sexto de estúdio da carreira do Black Sabbath. Com músicas como “Symptom of the Universe” e “Hole in the Sky”, é considerado o último trabalho clássico da banda com Ozzy — que permaneceu na formação até 1979, retornando para reuniões nas décadas de 1990, 2000 e 2010.