Para Eric Burton, do Black Pumas, estar no Brasil é como estar em 'casa longe de casa'
Duo formado pelo músico e Adrian Quesada volta ao país para tocar no C6 Fest, onde prometem apresentação com o melhor dos dois álbuns
Pedro Figueiredo (@fedropigueiredo)
Publicado em 16/05/2024, às 14h34A última passagem do Black Pumas — duo formado por Eric Burton e Adrian Quesada — pelo Brasil deixou ótimas impressões. E a sensação não foi somente do público. Os músicos voltam ao Brasil em 2024 para se apresentar no C6 Fest, que acontece neste final de semana em São Paulo.
Em conversa com a Rolling Stone Brasil, Burton diz que voltar ao Brasil é "adorável". "Eu aprecio a cultura e sempre somos muito bem recebidos. É bom estar de volta, como estar em casa longe de casa." Os músicos estiveram no país em 2022 para uma apresentação em outro festival em São Paulo. O músico revela que ama a música brasileira e grande parte da conexão com os fãs vem daí.
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Ele conta ainda que durante a passagem pelo Chile, antes de vir ao Brasil, muitas pessoas perguntavam se ele era brasileiro. "Eu me sinto muito conectado com os fãs brasileiros," conta. Burton é um apreciador de samba.
Eu era um grande fã do Ronaldinho, quando criança, e quando assistia os melhores momentos dele jogando, sempre havia lindos sambas tocando. Eu espero conseguir visitar algumas lojas de discos.
Apesar da paixão pelo gênero brasileiro, o músico está mais familiarizado com sambistas de gerações mais velhas e conhece pouco do que se tem feito na música brasileira atualmente. Ele fala, no entanto, que pretende ficar de olho e está sempre aberto à pessoas que queiram colaborar.
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Ele diz ainda que ama a conexão que tem com o público quando se apresenta por aqui. "O Brasil tem as pessoas mais lindas do mundo, sempre que estamos aqui e podemos interagir com as pessoas é inspirador."
Adrian, parceiro de Burton, revelou há algum tempo que o músico compôs uma canção em português, mas ela acabou ficando de fora do álbum mais recente do duo, Chronicles of a Diamond (2023). Eric conta que não revistou o materlal que não entrou no disco, mas torce para que a música veja a luz do sol um dia - ele cogita a inclusão da faixa em uma versão deluxe. "É um samba sobre o qual eu estava muito animado. Talvez seja uma das músicas que eu mais goste."
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A música, bem como outras composições do músico vem da "paixão pela vida." Ele diz que ama viver e "amo a natureza e me conectar com pessoas." Dessas conexões, uma das mais notáveis é com Quesada, amigo e parceiro de banda. Para Eric, trabalhar com um amigo faz com que eles se comuniquem "mesmo que sem palavras."
Para sábado, quando se presentam no Ibirapuera, a banda promete um setlist que mescla faixas do trabalho mais recente e do álbum autointitulado lançado por eles em 2019. "Estamos animados de levar um catálogo maior," conta o músico. Quando eles vieram da primeira vez, o duo ainda não havia lançado Chronicles. Agora, de volta ao país, a banda vem com mais músicas e mais paixão do que nunca.
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