Paul Rodgers precisou de advogado para colocar o acamado Mick Ralphs em local adequado

O lendário vocalista e cofundador do Bad Company, Paul Rodgers, revelou os desafios emocionais e logísticos que enfrentou para garantir cuidados adequados ao seu antigo parceiro de banda, o guitarrista Mick Ralphs, falecido em junho de 2025.

Em entrevista a Igor Miranda para a Rolling Stone Brasil, Rodgers detalhou que Ralphs passou seus últimos anos acamado. Foi necessária intervenção legal para transferir o amigo para um local mais confortável e próximo de entes queridos.

Mick, também conhecido por seu trabalho no Mott the Hoople, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) grave, que impediu seus movimentos por quase uma década. Rodgers descreveu o período como extremamente difícil:

“Mick era um músico único, um compositor único e um homem único. Eu amava tudo nele e seu senso de humor o acompanhou até o fim. Não sei se muitos fãs sabem disso, mas Mick passou os últimos 8 anos e 9 meses de sua vida na cama, sem conseguir andar ou usar as mãos; não era vida. Ele sofreu um AVC grave e tentamos levá-lo à oxigenoterapia hiperbárica, tentamos conseguir que acupunturistas e reflexologistas o atendessem, mas infelizmente encontramos resistência.”

Segundo o vocalista, após as tentativas frustradas de providenciar terapias especializadas para Ralphs, a solução foi contratar um advogado para assegurar sua transferência para um ambiente mais adequado. Ele declarou:

“Como não éramos da família, não tínhamos controle sobre seu tratamento médico. Consegui contratar um advogado e transferi-lo para uma casa em Henley, onde moram a maioria de seus amigos e seu grande amor. Além disso, era mais adequada às necessidades do Mick.”

Paul Rodgers sobre Mick Ralphs

A mudança para Henley, na Inglaterra, permitiu que Mick Ralphs passasse seus últimos meses cercado pelas pessoas que amava. Paul Rodgers manteve contato com o guitarrista até dois dias antes de seu falecimento, em junho de 2025, aos 80 anos.

Na mesma entrevista, Paul Rodgers celebrou a obra musical de Mick Ralphs, descrevendo-o como “um daqueles raros guitarristas que você consegue identificar pelo som em apenas três notas” e ressaltando que ele “deixa um grande legado em sua música, seu humor e na maneira como tratava os outros.”

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