EXPERIÊNCIA

Pesquisa revela: 70% das pessoas preferem shows ao vivo a fazer sexo

Live Nation ouve 40 mil pessoas em 15 países e confirma música ao vivo como entretenimento favorito do mundo

Daniela Swidrak (@newtango)

Público no festival Austin City Limits (Foto: Jim Bennett/WireImage)
Público no festival Austin City Limits (Foto: Jim Bennett/WireImage)

Esqueça Netflix, jogos de futebol ou noites românticas. De acordo com uma nova pesquisa da Live Nation que ouviu 40 mil pessoas em 15 países, a música ao vivo superou filmes, streaming, esportes e até sexo como a forma de entretenimento favorita do mundo. O estudo “Living for Live”, divulgado hoje, 11 de novembro, revela uma mudança cultural profunda na forma como as pessoas escolhem gastar seu tempo e dinheiro.

Quase quatro em cada dez pessoas globalmente (39%) escolheriam música ao vivo sobre qualquer outra forma de entretenimento se pudessem escolher apenas uma para o resto da vida. E quando o sexo entrou na disputa, 70% disseram que ainda prefeririam ver seu artista favorito no palco. Os números refletem o que milhões de fãs já sabem: não há nada que substitua a experiência de estar lá quando a música acontece.

“A música ao vivo não está apenas crescendo, está moldando economias, influenciando marcas e definindo a cultura em tempo real”, disse Russell Wallach, presidente global de Mídia e Patrocínio da Live Nation. Para 85% dos fãs, a música define quem eles são, e para 84%, shows dão a eles “o máximo de vida”.

A pesquisa também descobriu que quase seis em cada dez fãs viajam anualmente para shows, resultando em 2024 em 40 bilhões de milhas percorridas, o equivalente a 83 mil viagens até a Lua. Três quartos dos entrevistados dizem que planejam seus calendários em torno de shows, 25% fizeram tatuagens para marcar memórias musicais, e quase 80% afirmam que concertos aproximam suas famílias.

Enquanto as telas dominam o entretenimento cotidiano, 93% dos fãs comparecem aos shows porque anseiam por experiências reais em vez de virtuais, e 80% preferem gastar dinheiro em experiências do que em coisas. Em um mundo cada vez mais digital, a música ao vivo se tornou o antídoto.

O estudo também aponta que artistas mulheres estão entre as maiores impulsionadoras do mercado: a Cowboy Carter World Tour de Beyoncé se tornou a turnê de country de maior bilheteria da história, Olivia Rodrigo atraiu a maior multidão do Lollapalooza, Karol G estabeleceu o recorde de ingressos da Espanha, e Lady Gaga fez história com o maior show de uma artista feminina no Brasil. 76% dos entrevistados demonstraram interesse em eventos com mulheres como headliners, e os dados comprovam que elas estão liderando a indústria.

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Nascida na Argentina mas radicada no Brasil há mais de 15 anos, Daniela achou na música sua linguagem universal. Formada em radialismo pela UNESP, virou pesquisadora criativa e firmou seu pé no jornalismo musical no portal Popload. Gateira, durante a semana procura a sua próxima banda favorita e aos finais de semana sempre acha um bom show para assistir.
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