Vocalista e guitarrista, Max Cavalera disse que não precisa se reunir com banda que o projetou mundialmente e explicou suas razões
Publicado em 05/03/2023, às 11h00 - Atualizado em 08/03/2023, às 19h00
O Sepultura se tornou a mais popular banda brasileira de heavy metal de todos os tempos com sua formação clássica, trazendo Max Cavalera nos vocais e guitarra, Andreas Kisser na guitarra, Paulo Jr no baixo e Iggor Cavalera na bateria. Tal configuração durou até 1996, quando Max resolveu sair do grupo.
Desde então, tanto o vocalista quanto sua antiga banda seguiram a vida. Ainda assim, há quem peça um retorno do Sepultura clássico, o que também traria Iggor de volta, já que ele deixou o projeto em 2006.
+++LEIA MAIS: Max Cavalera conta como decidiu tratar alcoolismo: 'Bebi sabonete'
Em entrevista ao Rock Interview Series (via Blabbermouth), Max se manifestou de forma contrária a essa possibilidade. O músico declarou que não precisaria fazer nada do tipo, especialmente porque está satisfeito com seus trabalhos atuais.
“Estou muito ocupado agora com todos os projetos. Tenho tantos: Soulfly sendo minha banda principal, mas também o Go Ahead and Die com meu filho Igor e o Killer Be Killed. E já estou tocando um monte de coisas antigas com meu irmão. Isso, para mim, preenche o vazio de toda forma. Não penso nisso. Não preciso fazer nada assim nesse momento.”
O apoio dos fãs também foi citado como crucial para que Max continue a focar em seus projetos atuais, especialmente o Soulfly, que lançou um novo álbum, Totem, em 2022.
“Os fãs adoram todas as coisas que tenho feito. Não faz sentido, realmente. Não penso nisso há muito tempo. Minha principal coisa agora é o Soulfly. Amo que o Soulfly esteja cada vez mais forte a cada disco. Estou ansioso para compor o próximo.”
+++LEIA MAIS: Gloria Cavalera sobre Sepultura: 'Eu disse para Max ficar'
Em outra entrevista, também recente, mas ao Mike Nelson Show, Iggor Cavalera revelou não ter qualquer intenção de se reunir com o Sepultura. Para ele, a retomada que o interessa de verdade é com Max, com quem voltou a ter projetos no fim da década de 2000.
“Tenho que ser honesto com você, cara. A reunião, na minha opinião, sou eu e meu irmão — essa é a pessoa com quem eu quero me unir. Então, para mim, se as outras coisas não acontecerem, não posso ficar muito chateado com isso. Claro, seria incrível, mas a verdadeira reunião para mim é apenas eu e meu irmão estarmos juntos. Isso é o que me faz feliz.”
+++LEIA MAIS: Até Sepultura? Músicos do Nickelback curtem thrash metal e você não fazia ideia
Em 2020, Paulo Jr demonstrou não fechar completamente as portas para uma reunião do Sepultura clássico. Durante entrevista ao podcast Scars and Guitars, porém, ele declarou que precisaria acontecer de forma natural.
“Não sei sobre o futuro, mas agora... não quero forçar uma situação que não existe mais. Se acontecer algum dia, deve ser naturalmente. Porém, não me incomodo, não penso tanto sobre isso mais. Aconteceu há 20 anos. Segui em frente. Não dá para deixar todo mundo feliz. O melhor a se fazer é aprender de seus erros e tentar melhorar no futuro.”
Além de Paulo e Andreas Kisser, o Sepultura conta com Derrick Green nos vocais e Eloy Casagrande na bateria. Quadra, álbum mais recente, foi disponibilizado em 2020.
+++LEIA MAIS: Quando uma discussão sobre Rogério Ceni quase encerrou o Sepultura
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Desde 2007 escreve sobre música, com foco em rock e heavy metal. Colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022, mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram, X/Twitter, Facebook, Threads, Bluesky, YouTube: @igormirandasite.