Por que o Iron Maiden ainda atrai tantos fãs, segundo Bruce Dickinson

Passados 50 anos, o Iron Maiden ainda está de pé e atraindo multidões. No fim de maio, a banda iniciou em Budapeste, na Hungria, a turnê Run for Your Lives, que celebra as cinco décadas de sua fundação.

Apesar de o baterista Nicko McBrain ter se aposentado no fim de 2024, o Maiden segue na ativa. Agora, há uma agenda cheia pela frente com o novato Simon Dawson nas baquetas.

No show em Londres, no dia 28 de junho, a banda bateu seu recorde de maior público (fora de festivais) na Inglaterra, levando mais de 70 mil pessoas ao London Stadium. Algo que suscita a pergunta: por que o Iron Maiden ainda atrai tantos fãs?

O vocalista Bruce Dickinson, em entrevista ao The i Paper, tentou responder:

“Somos únicos. Simples assim. Isso é tão raro neste mundo de IA, inventando coisas e sendo capaz de copiar tudo.”

Bruce refletiu também sobre a conjuntura atual da indústria fonográfica e acrescentou:

“Temos sorte de termos surgido em uma era em que podíamos criar essa identidade. E simplesmente fazemos o que fazemos: ser autênticos. Existe um público para isso. Assim como existe um público para as bobagens de influenciadores temporários. Nós não somos isso. Mas um dia esse público pode superar essa bobagem e se interessar: ‘Ah, caramba, que negócio é esse de Iron Maiden…?’.”

A lognevidade do Iron Maiden comentada por Dave Murray

Outro integrante da Donzela de Ferro, o guitarrista Dave Murray, também ofereceu seu ponto de vista a respeito da longevidade do grupo, antes do início da turnê.

Em bate-papo com o site Music Radar (via Sonic Perspectives), Dave ressaltou o poder do repertório desenvolvido pelo Maiden ao longo das décadas. Algo que possibilita, por exemplo, o resgaste de músicas que há tempos não eram tocadas, como tem sido feito na Run for Your Lives Tour.

“Isso mostra a força dessas músicas antigas, que conseguimos continuar tocando cinquenta anos depois. Elas resistiram ao teste do tempo. E, obviamente, muitos dos jovens na plateia nunca teriam visto essas músicas sendo tocadas ao vivo antes. Então, será um salto incrível de volta ao futuro. Ou de volta ao passado. Um desses!”

A turnê Run for Your Lives

A turnê Run For Your Lives começou no dia 27 de maio, na Hungria, e também já passou por países como República Tcheca, Noruega, Dinamarca, Suécia, Finlândia e Bélgica, dentre outros. Ainda não há datas previstas para o Brasil, mas imagina-se que a excursão chegue por aqui em 2026.

O repertório, como noticiado desde o anúncio da tour, é todo voltado aos nove primeiros álbuns de estúdio da Donzela. Apesar disso, No Prayer for the Dying (1990) acabou deixado de lado — nenhuma música dele vem sendo tocada.

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