Por que o Skank nunca teve um período de baixa? Samuel Rosa responde
Banda esteve na ativa até 2023, vendendo milhões de cópias de discos, além de ter emplacado grande número de hits em diferentes décadas
Bia Cardoso (@b_carddoso) sob supervisão de Igor Miranda
Publicado em 22/03/2025, às 09h00
O Skank está entre os principais nomes da música brasileira. Durante sua carreira, tiveram mais de 6 milhões de discos comercializados — fora os pirateados. Diferentemente de outras bandas, o grupo manteve relevância constante durante toda a sua carreira, com hits emplacados em diferentes décadas.
Além dos anos de estrada, o Skank também impressiona por ter mantido a mesma formação desde seu início, com Samuel Rosa (vocal e guitarra), Henrique Portugal (teclado), Lelo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferretti (bateria). Mas o que explicaria a banda nunca ter tido um período de baixa?
Para o cantor, o fator “sorte” teria sido um dos primeiros. Mas não para por aí.

Em entrevista ao g1, Rosa falou sobre a alta variedade nas sonoridades exploradas pelas composições. Para ele, essa “constante renovação” da banda, permitiu que pudessem se manter relevantes ao longo dos anos:
“Dentro das nossas possibilidades, acho que o Skank explorou bem os caminhos por consequência de uma formação híbrida que cada um de nós tinha. E começamos meio disfarçado de banda de dancehall, mas em O Samba Poconé (1996) dava para ver que já tínhamos um flerte com o rock latino, já abdicava um pouco do reggae para ir um pouco para o ska.”
Ao refletir sobre esta caminhada, o vocalista e guitarrista reforçou que nunca tiveram medo de mudar. Apesar de entender que existem alguns grupos que se preservam iguais durante toda a carreira, o músico explicou que esse nunca foi o perfil dele e dos colegas.
“O Skank não teve cerimônia para meter a mão no trabalho e mudar e propiciar mudanças. E isso gerava esse frescor, estávamos sempre nos sentindo uma banda nova.”
Essas alterações foram fundamentais para seu grupo. O artista comentou até mesmo sobre um "pacto nesfasto" entre artista e público, no qual o músico não altera seu som e os fãs não deixam de escutá-lo, mas reiterou que essa nunca foi a ideia. O novo e as mudanças também contribuíram para a renovação constante do conjunto.
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