Mulher que alegou ter sido abusada por Dylan aos 12 anos retira processo após ser acusada de destruir provas
Processo contra Bob Dylan (nome artístico de Robert Allen Zimmerman) por assédio sexual contra menor de idade em 1965 foi arquivado. A ação foi removida pela própria vítima, após ser acusada de destruir evidências, conforme apurado pela Billboard.
A mulher, identificada como JC, acusou o cantor de aliciá-la e abusar sexualmente dela em 1965, quando ela tinha 12 anos. A vítima não teria entregue e-mails e mensagens de texto dentro do prazo estabelecido pelo tribunal.
Em audiência de 28 de julho, foi feito um pedido de arquivamento do processo com prejuízo. A mulher também havia recentemente dispensado seus representantes legais. Bob Dylan ainda não comentou o resultado.
Em nota, o principal advogado de Dylan, Orin Snyder, disse estar satisfeito com o resultado legal obtido pela equipe. “Este caso está encerrado. É escandaloso que tenha sido trazido em primeiro lugar. Estamos satisfeitos que o demandante tenha abandonado essa farsa conduzida pelo advogado e que o caso tenha sido encerrado com prejuízo.”
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A acusação alegava que Bob Dylan teria ocorrido no quarto do cantor no Chelsea Hotel, em Nova York entre abril e maio de 1965, quando o músico teria entre 23 e 24 anos. O caso foi originalmente arquivado na Suprema Corte do Estado de Nova York em 13 de agosto de 2021.
O processo alegava que Dylan "explorou seu status de músico ao preparar JC para ganhar sua confiança e obter controle sobre ela como parte de seu plano de molestar e abusar sexualmente de JC".
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Alegou ainda que Dylan pretendia “reduzir suas inibições com o objetivo de abusar sexualmente dela, o que ele fez, juntamente com o fornecimento de drogas, álcool e ameaças de violência física, deixando-a emocionalmente marcada e psicologicamente danificada até hoje”.
Após as acusações, a equipe jurídica de Dylan confirmou a “impossibilidade cronológica” dos fatos, uma vez que o artista não estava em Nova York durante o suposto período. Em resposta, a mulher atualizou seu processo alegando que o suposto abuso ocorreu durante "vários meses na primavera de 1965”.
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Após a mudança no processo, os advogados de Dylan chamaram a ação de “extorsão descarada… falsa, maliciosa, imprudente e difamatória”. Bob Dylan negou constantemente as alegações em uma declaração compartilhada por seu porta-voz: “A alegação de 56 anos é falsa e será vigorosamente defendida”.