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Rage Against the Machine condena violência contra povo indígena no Canadá

Durante show no Bluesfest, Rage Against the Machine colocou dados no telão sobre violência contra povo indígena

Redação Publicado em 19/07/2022, às 15h51

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Rage Against the Machine (Foto: Dan Kitwood / Equipe)
Rage Against the Machine (Foto: Dan Kitwood / Equipe)

A banda estadunidense Rage Against the Machine, a qual sempre teve discurso e músicas politizados, exibiu uma mensagem com intuito de protestar durante um dos shows recentes nos quais condenaram a violência contra povos indígenas no Canadá, segundo informações do NME.

Na apresentação da última sexta, 15, no Bluesfest em Ottawa, capital do país, o grupo colocou a seguinte mensagem em uma das telas do palco: "Um indígena no Canadá tem 10 vezes mais chances de ser baleado e morto por um policial do que um branco," em referência a uma investigação da CTV News.

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No Canadá, mulheres e meninas indígenas têm 16 vezes mais chances de serem assassinadas ou desaparecerem do que as mulheres brancas.

Rage Against the Machine: Fãs ficam chocados ao descobrirem que a banda fala de política

Após o show de retorno do Rage Against the Machine no último sábado, 9, em Wisconsin, Estados Unidos, fãs passaram a criticar a banda pelas mensagens relacionadas ao fim da lei Roe v. Wade, que garantia o direito ao aborto no país, exibidas no telão. No texto dizia:

"(...) Nascimento forçado em um país onde a mortalidade materna é duas a três vezes maior para mulheres negras do que para as brancas. Nascimento forçado em um país onde a violência armada é a principal causa de morte entre crianças e adolescentes. Abortem a Suprema Corte."

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Fãs incomodados com a mensagem foram ao Twitter criticar o grupo. 

Não há nada pior do que pagar para assistir a um show e receber uma aula sobre as crenças políticas da banda."

No Facebook, um dos usuários afirmou que a banda havia “entrado pra turma da lacração”, enquanto outro escreveu que “eles realmente eram melhores quando deixavam a política de fora”. (via TMDQA)

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Quando a banda não falava de política

Rage Against the Machine  foi formado em 1991 em Los Angeles por Zack de la Rocha (vocal), Tim Commerford (baixo), e o guitarrista Tom Morello.

Inspirado pela herança mexicana e a xenofobia vivida pelos integrantes, o grupo nasceu com letras de protesto, seus membros participam frequentemente de protestos políticos e outros ativismos. O Rage Against the Machine inclusive usa o símbolo do Exército Zapatista de Libertação Nacional, grupo mexicano de guerrilha formado por indígenas. A banda não quer esconder suas posições políticas, conforme De la Rocha explica em citação:

 "Estou interessado em divulgar essas ideias através da arte, porque a música tem o poder de cruzar fronteiras, romper cercos militares e estabelecer diálogos reais."

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Tom Morello: Justiça para Marielle

Em 2018, o guitarrista Tom Morello fez dois shows gratuitos no Brasil. Nas apresentações, Morello tocou 13 músicas. Em determinado momento do show em Porto Alegre, o músico levantou sua guitarra para revelar a frase “Justiça para Marielle”, referindo-se ao assassinato da vereadora carioca, na época com apenas seis meses de acontecido.


Retorno

A turnê Public Announcement Tour, que deveria ter começado em março de 2020, mas acabou adiada devido à pandemia de Covid-19, marca o retorno do grupo aos palcos. A banda ainda passa por Chicago antes de embarcar para a Europa. Ao todo, serão 16 apresentações entre este ano e o próximo.

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