Digão, vocalista do Raimundos, criticou manifestações políticas de artistas no Lollapalooza
Dimitrius Vlahos (sob supervisão de Eduardo do Valle) Publicado em 09/05/2022, às 14h20 - Atualizado em 11/05/2022, às 15h00
Digão comentou manifestações políticas na retomada dos shows no Brasil em entrevista ao Splash UOL. Para vocalista do Raimundos, palco não é "palanque," e protestos no Lollapalooza 2022 são parte de "cartilha clichê."
Banda liderada por ele volta a se apresentar em festivais com o Warren Stannis Festival em Santa Catarina, em junho. Segundo Digão, carência do público deve tornar experiências melhores: "As pessoas chegam com mais alegria, mais saudade."
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Contra candidatura do ex-presidente Lula, vocalista não poupou críticas aos colegas músicos que protagonizaram protestos contra o atual presidente, Jair Bolsonaro: Subir ao palco e fazer aquele discursinho, que nem foi no Lollapalooza? Eu achei 'paia'. O cara sobe todo marrentão e faz a cartilha clichê, de mandar o Bolsonaro tomar no c*. Beleza, mas e o Lula, velho? O que está acontecendo neste país. O tanto de bandido, de roubo."
Embora Raimundos possua faixas com temas políticos, Digão defendeu isenção do grupo por não serem "partidários." "Quando eu subo no palco, eu não uso o palco de palanque, porque eu sou músico, fui para tocar música," continuou. No entanto, músico declarou voto em Bolsonaro, por ele ser o candidato "menos pior" entre os concorrentes.
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Digão também opinou sobre cancelamento nas redes sociais e comparou vivência dele com perseguições nazistas.
"As pessoas me cancelaram porque eu falei mal do comunismo. Mas uma coisa é clara, o nome só mudou, porque isso, na verdade, é censura. O Instagram te censura, as próprias pessoas perseguem as outras. Eu senti na pele, mesmo que um pouquinho, como os judeus se sentiam sendo perseguidos," argumentou.
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