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Raquel leva ao palco do Sesc Bom Retiro o álbum ‘Não Incendiei a Casa por Milagre’

Ex-vocalista d’As Baías e indicada ao Grammy Latino, a cantora apresenta sua nova fase solo nesta sexta-feira no projeto Alquimia Musical

Kadu Soares (@soareskaa)

Raquel
Cantora indicada ao Grammy Latino estreia show solo no projeto Alquimia Musical com repertório autoral e releituras de Rita Lee e Caetano Veloso (Foto: Divulgação)

A cantora e compositora Raquel se apresenta nesta sexta, 31, às 20h no Sesc Bom Retiro, em São Paulo, como parte do projeto Alquimia Musical, Arte e Ofício Por Mulheres. No palco, ela exibe o repertório de seu álbum Não Incendiei a Casa por Milagre (2025), já disponível nas plataformas digitais.

Duas vezes indicada ao Grammy Latino e ex-vocalista da banda As Baías, Raquel mostra em sua nova fase solo uma combinação de força autoral, articulação estética e um canto que expressa com intensidade a “fricção emocional” do disco.

Gravado no Rio de Janeiro sob direção musical de Moreno Veloso, o álbum traz seis composições próprias e duas releituras, “Vidinha” (de Rita Lee) e “Autotune autoerótico” (versão de Caetano Veloso), que circulam por sentimentos-limite como domínio, idealização e raiva.

Dividido em dois atos, “O Roseiral” e “O Cimento no Roseiral“, o trabalho retoma uma memória de infância e reúne influências visuais e literárias, entre elas uma frase de um livro de Pedro Almodóvar. Além disso, o álbum permite que Raquel nomeie afetos comumente ocultados: raiva, insegurança e medo.

Apesar da carga emocional intensa, o repertório não se restringe ao íntimo. A estrutura do show sugere imersão coletiva, com a artista convidando o público a viver a narrativa e a respirar o projeto em sua plenitude.

Ouça o álbum agora:

Estética e novos rumos

Por fim, para Raquel, a apresentação no Sesc Bom Retiro não é apenas mais um show: é a concretização de sua nova fase solo. O álbum Não Incendiei a Casa por Milagre marca sua evolução, saindo da vocalidade da banda As Baías para uma liberdade criativa plena. No palco, o público verá uma artista que se assume integralmente — voz, corpo, presença — e que articula estética, intenção e sentimento. O repertório apresenta uma Raquel mais vulnerável e ao mesmo tempo poderosa, capaz de transformar o espectador em cúmplice de sua jornada.

Com direção de Moreno Veloso, o disco e o espetáculo entendem que “música ao vivo” vai além da execução: trata-se de experiência, presença e emoção. Ao escolher o Sesc como palco, a cantora se insere em um ambiente de descoberta e diálogo, o que reforça o caráter autoral de sua proposta.

A setlist prevista inclui tanto criações próprias quanto releituras de ícones da música brasileira. É uma artista que não abandona a tradição, mas a reinventa. Raquel entrega não apenas música, mas um momento, e convida o público a estar presente.

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Kadu Soares é formando em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, passa o dia consumindo música, esportes, filmes e séries. Possui um perfil no TikTok e um blog no Substack, onde faz reviews de projetos musicais.
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