Na saída da missa de sétimo dia da Padroeira da Liberdade, o filho João Lee revelou que a cantora deixou extenso material inédito
João Lee, o filho caçula de Rita Lee, disse ter encontrado um caderno da Padroeira da Liberdade com cerca de 400 páginas de tuítes da cantora escritos à mão, muitos deles inéditos. Além das publicações, o músico também revelou que a cantora deixou uma série de letras inéditas - algumas prontas e outras inacabadas.
Ao deixar a missa de sétimo dia de Rita Lee, que morreu na semana passada, aos 75 anos, João afirmou que as pessoas ainda vão ouvir falar muito da artista. Em frente à Paróquia São Pedro e São Paulo, João também desabafou sobre a saudade "incontrolável" da mãe (via OGlobo).
Eu tenho conversado com ela toda hora. Estou sentindo muito a presença dela. Os dias têm sido muito difíceis. Muita solidão. Mas a gente tem que continuar a viver
Após o falecimento da mãe, João relatou que passou os últimos dias revendo vídeos e fotos da mãe e conta que a família já conversa sobre ampliar a exposição sobre a trajetória da artista, que veio a público em 2021. João fala em fazer filme, série, documentário e até musical sobre a vida de Rita, dizendo que todo esse material vai manter "ela [RitaLee] presente durante todo esse tempo".
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A quantidade de letra que ela tem é incalculável. Eu peguei o iPad dela, onde escrevia inclusive os livros, e não consigo te dizer a quantidade de letras inéditas que tinha, talvez sejam centenas. Fora as letras que se perderam ao longo do tempo por conta da ditadura militar
João diz que os tuítes foram todos escritos a mão, e as pessoas "vão ler como ela escreveu. Alguns têm até rasura. É como se ela estivesse aqui." As publicações polêmicas e bem-humoradas na rede social da cantora se tornaram uma marca da artista nos últimos anos.