Turnê que celebra os 40 anos de carreira da banda, passará inicialmente pela América do Sul e seguirá para a Europa, marcada para começar em março de 2024
Emanuela Lemes (@emanuelalemes) e Felipe Grutter (@felipegrutter) Publicado em 08/12/2023, às 13h03 - Atualizado às 14h00
Andreas Kisser, Paulo Jr., Derrick Green e Eloy Casagrande anunciaram nesta quinta-feira (8) sua turnê oficial de despedida dos palcos com a banda Sepultura. Intitulada Celebrating in Life Through Death, a turnê, que marca os 40 anos de carreira da banda, passará inicialmente pela América do Sul, primeiro com shows no Brasil, e depois seguirá pela Europa, com duração de 18 meses em 40 países.
A turnê começa no dia 1º de março de 2024 em BH, no Arena Hall. "Devemos um show em BH", afirma Paulo Jr., baixista do Sepultura.
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Com produção da 30E, a venda de ingressos para os shows da turnê Celebrate in Life Through Death no Brasil começará em 11 de dezembro (segunda-feira) no site da Eventim.
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Com as apresentações, o projeto de despedida do Sepultura também renderá um novo disco, em que a banda já começou a dar os primeiros passos. Em coletiva de imprensa, o baterista Eloy Casagrande detalhou mais sobre o processo:
Será ao vivo, com 40 musicas gravadas em 40 cidades diferentes. Em seguida, vai ter uma curadoria de todo esse material, onde vamos escutar as coisas boas e ruins, e escolher as que mais mexem com a gente. Inicialmente serão lançadas em blocos de 10 musicas digitalmente, e depois um vinil box com 40 músicas.
O Sepultura é uma banda do ao vivo, de criar uma conexão com os fãs. Nos shows, você enxerga a potencia no palco. É um bom disco para celebrar esse momento, um projeto bem ambicioso, trazendo nossa melhor fase. Vai ficar sensacional.”
O guitarrista Andreas Kisser reconheceu a relevância da banda para o cenário do heavy metal no Brasil e no mundo, e agradeceu aos fãs por impulsionarem o Sepultura a sempre sair da zona de conforto e "construir coisas diferentes".
"Sepultura começou quando só tinha vinil, cassete e fax. Conhecemos todos os nossos ídolos. Levamos o metal brasileiro a um lugar muito especial através dos discos e elementos da música brasileira, incorporada ao heavy metal".
Sobre a decisão de interromper as atividades, Kisser afirma que foi uma decisão debatida por dois anos, também sempre levada para os empresários de cada músico, levando em conta que cada um passou "por vários perrengues dentro e fora dos palcos. Nos respeitamos, admiramos e construímos o negócio juntos."
Saímos de cena de uma forma tranquila, em paz com nós mesmos. Eu não queria ver o Sepultura acabar com uma briga, ou com uma rehab, ou ficarmos velhos demais para curtir. Dói. É uma historia linda. Por isso estamos aqui mais fortes do que nunca. É um momento especial pra gente parar.
Mas, isso não significa que o Sepultura vá deixar de tocar para sempre. "O futuro está aberto. O lance de acabar não precisa definir nada. Daqui a 10, 15 anos, quem sabe o que vai acontecer? As possibilidades estão sempre abertas. Mas agora, o momento é de parar, celebrar e respeitar.