Snoop Dogg foi acusado anonimamente por episódio de abuso sexual que teria ocorrido em 2013
Nancy Dillon | Rolling Stone EUA. Tradução: Marina Sakai (sob supervisão de Yolanda Reis) Publicado em 11/02/2022, às 18h57
Snoop Dogg se pronunciou sobre acusação de uma pessoa não identificada, chamando o processo de agressão sexual aberto nesta quarta, 9 de fevereiro, como uma tentativa “sem mérito” de usá-lo por dinheiro justamente no período que antecede sua apresentação no intervalo do Super Bowl no domingo, 13.
A acusadora anônima alega em sua queixa que Snoop (nascido Calvin Broadus) a agrediu sexualmente em um banheiro de estúdio de gravação em 2013, durante uma época em que ela afirma que trabalhou para o rapper como dançarina de palco.
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Em comunicado compartilhado nesta sexta, 11 de fevereiro, com a Rolling Stone EUA, um porta-voz de Snoop criticou as alegações do processo como “simplesmente sem mérito.” “Parecem fazer parte de um esquema de extorsão de auto-enriquecimento [da acusadora] para extorquir Snoop Dogg logo antes de ele se apresentar no show do intervalo do Super Bowl deste domingo.” O comunicado acusa a mulher de “inventar” uma denúncia que “fabrica uma ocorrência de mais de oito anos atrás, em 2013, por suas falsas alegações.”
Para que fique claro, o Sr. Broadus nunca teve nenhum encontro sexual [coma acusadora]. [Seu] esquema de extorsão é vergonhoso. Sua tentativa de usar os tribunais para avançar nesse esquema também é vergonhosa e presta um desserviço às vítimas reais que merecem ser acreditadas.
Questionado pela Rolling Stone EUA se a mulher já trabalhou para Snoop, o porta-voz disse que não havia registros de seu emprego. “[Ela] nunca foi empregada por Snoop Dogg ou por qualquer uma de suas empresas e não forneceu nenhuma prova para apoiar sua reivindicação de emprego por Snoop Dogg e/ou suas empresas.”
No processo aberto no Distrito Central da Califórnia (EUA) no início desta semana, a acusadora afirma que foi agredida sexualmente por Snoop e seu associado, o bispo Don Magic Juan, em ataques consecutivos após um show do rapper no Club Heat Ultra Lounge em Anaheim, Califórnia, em 29 de maio de 2013.
A mulher afirma que o bispo Don Magic Juan — cujo nome verdadeiro é Donald Campbell — a agrediu em uma residência após o show quando ele “removeu o pênis da calça” e “enfiou repetidamente o pênis na boca dela.”
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Ela alega que Campbell mais tarde exigiu que ela o acompanhasse a um estúdio de gravação onde Snoop supostamente estava filmando sua série de TV, chamada Snoop Dogg’s Double G News Network (2011). Afirma que o bispo disse a ela que o rapper a queria lá e poderia torná-la “sua garota do tempo.” Ela obedeceu “na esperança de avançar em sua carreira,” afirma o documento.
De acordo com a denúncia, a mulher não identificada passou mal e estava usando o banheiro do estúdio quando Snoop Dogg supostamente entrou, fechou a porta, agarrou seu ombro e forçou seu pênis em sua boca. Ela afirma que o rapper também se masturbou na frente dela.
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“A demandante se viu pensando em sua segurança no emprego se desagradasse o réu Snoop Dogg,” afirma o processo. “Ela se sentiu pressionada pelo réu Snoop Dogg devido ao seu domínio e sua posição de poder sobre ela, incluindo sua capacidade de contratá-la, demiti-la e garantir que ela nunca mais fosse contratada em seu setor.” O advogado da acusadora, Matt Finkelberg, do Derek Smith Law Group, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre a negação de Snoop.