Sting: setlist e o que esperar dos shows no Brasil
Músico se apresentará no país pela primeira vez em oito anos; Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba o recebem nesta ocasião
Igor Miranda (@igormirandasite)
Publicado em 13/02/2025, às 10h45
Sting está de volta ao Brasil. O vocalista e baixista, conhecido tanto pelos anos de The Police quanto por sua trajetória solo, realizará três apresentações no país pelos próximos dias.
Primeiro, a Farmasi Arena no Rio de Janeiro o recebe para show nesta sexta-feira (14). No domingo (16), será a vez de São Paulo, com performance na plateia externa do Auditório Ibirapuera, localizado no parque de mesmo nome. A turnê nacional terá conclusão na Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba, na próxima terça-feira (18).
Trata-se da sétima visita do músico em carreira solo para shows. Sua estreia local se deu em 1987, com retornos em 1988, 1994, 2001, 2009 e 2017. Além disso, em 2007, a tour de reunião do The Police passou por nosso país.
O que esperar das apresentações de Sting por aqui? Quais músicas ele deve tocar? Saiba tudo neste guia preparado pela Rolling Stone Brasil.
Enfim em trio
A turnê trazida por Sting ao Brasil se chama Sting 3.0. Não é por acaso: o músico voltou a se apresentar em formato de trio após um bom tempo junto a uma banda mais completa. É um chamariz para os fãs de sua fase com The Police, pois as canções são executadas essencialmente com guitarra, baixo e bateria.
Nesta nova empreitada, o cantor e baixista é acompanhado pelo baterista Chris Maas, conhecido pelo trabalho com o Mumford & Sons e Maggie Rogers, e o guitarrista Dominic Miller. Este último, de origem argentina, já excursionou com The Pretenders, World Party e Level 42, além de ter uma atuação de longa data junto ao artista inglês — a ponto de ter tocado em vários de seus álbuns a partir de The Soul Cages (1991).

Repertório
Mais uma boa notícia para fãs do The Police: nos repertórios de praticamente toda a turnê, 11 das 26 músicas executadas são da lendária banda formada em 1977. Várias delas estão concentradas no terço final da apresentação, como “Every Breath You Take”, “Roxanne”, “So Lonely” e “Walking on the Moon”. A abertura também vem do grupo: “Message in a Bottle”, sendo que, após outras duas canções, é a vez de “Every Little Thing She Does is Magic”.
O restante do setlist é completo por momentos diversos da carreira solo de Sting, com diversas faixas que também fizeram muito sucesso. Marcam presença hits como “Fields of Gold”, “Shape of My Heart”, “Englishman in New York”, “Desert Rose”, “If I Ever Lose My Faith in You” e “Fragile” — esta, responsável por encerrar o espetáculo.
Veja abaixo o setlist que tem servido como base para a turnê Sting 3.0 (via Setlist.fm):
- Message in a Bottle (The Police)
- If I Ever Lose My Faith in You
- Englishman in New York
- Every Little Thing She Does is Magic (The Police)
- Fields of Gold
- Never Coming Home
- Mad About You
- Seven Days
- Why Should I Cry for You?
- All This Time
- I Burn for You
- Driven to Tears (The Police)
- When We Dance
- Can't Stand Losing You (The Police) + Reggatta de Blanc (The Police)
- Shape of My Heart
- I Wrote Your Name (Upon My Heart)
- Walking on the Moon (The Police)
- So Lonely (The Police)
- Desert Rose
- Synchronicity II (The Police)
- King of Pain (The Police)
- Every Breath You Take (The Police)
Bis:
- Roxanne (The Police) + Be Still My Beating Heart
- Fragile
Opiniões da imprensa
A turnê Sting 3.0 teve aproximadamente 70 shows realizados, ao longo de 2024, antes de chegar ao Brasil. Logo, há relatos diversos a respeito das apresentações.
A revista Variety aponta que os músicos complementares não fizeram falta em um show em Los Angeles: guitarra, baixo e bateria foram o suficiente para a performance. O texto assinado pelo jornalista Chris Willman destaca, ainda, a iniciativa de tocar também para plateias menores, em locais intimistas, em vez de levar a turnê somente para arenas gigantes. No caso do Brasil, os shows acontecem em locais com capacidade para 15 a 25 mil pessoas, aproximadamente — espaços de grande porte, mas não imensos como estádios.

Além do minimalismo e da abordagem intimista, Sting tem sido elogiado pela presença de palco, potencializada pelo uso de um microfone sem fio enquanto toca baixo. Em vez de ficar preso ao pedestal, o músico fica livre para circular por todo o palco e interagir mais vezes com a plateia, inclusive contando histórias sobre as canções.
Este aspecto é enfatizado pelo jornal USA Today. A jornalista Melissa Ruggieri aponta:
“Somente em um show do Sting você ouvirá sobre inspirações musicais de um versículo bíblico no Livro de Samuel (a esotérica ‘Mad About You’), uma lembrança do conselho de seu pai para ‘ir ver o mundo e fazer algo de si mesmo’ (‘Why Should I Cry for You?’) e uma descrição do ‘mar de ouro’ na época da colheita do lado de fora de sua casa no interior da Inglaterra (‘Fields of Gold’).”
Por fim, a escolha de repertório é descrita como “uma mistura potente e diversa de músicas do The Police e da carreira solo”. Até mesmo a nova música “I Wrote Your Name (Upon My Heart)” rendeu elogios por sua sonoridade “agressiva” para os padrões do artista.
Ainda há ingressos à venda para os três shows de Sting no Brasil. O site Ticketmaster disponibiliza as entradas.
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