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Música / Concurso

Suíça vence Eurovision em edição com manifestações políticas, expulsão na final e vaias

Apesar dos protestos, a organização do concurso manteve competidora israelense; Eden Golan chegou à final, mas o prêmio foi levado por Nemo

Redação Publicado em 12/05/2024, às 11h49

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Eden Golan, Nemo e Joost Klein (Fotos: Martin Sylvest Andersen/Getty Images)
Eden Golan, Nemo e Joost Klein (Fotos: Martin Sylvest Andersen/Getty Images)

A Suíça foi coroada como vencedora do Eurovision na noite do último sábado, 11. O país foi representado por Nemo, artista não-binárie que cantou "The Code". É a primeira vitória da Suíça desde a participação de Céline Dion — apesar de canadense, ela competiu pelo país em 1988. 

+++LEIA MAIS: Eurovision e Israel: como conflito no Oriente Médio foi parar no centro do concurso?

Poucas horas antes da final, o holandês Joost Klein foi desqualificado. A UER (União Europeia de Radiodifusão), que organiza o evento, declarou: "O artista holandês Joost Klein não estará competindo na Grande Final do Eurovision Song Contest deste ano. A polícia sueca investigou uma reclamação feita por uma integrante da equipe de produção após um incidente ocorrido após a performance dele na semifinal da noite de quinta-feira. Enquanto o processo legal segue seu curso, não seria apropriado ele continuar no concurso" (via Variety).

"Mantemos uma política de tolerância zero em relação a comportamentos inadequados em nosso evento e estamos comprometidos em proporcionar um ambiente de trabalho seguro e protegido para todos os funcionários do concurso. Diante disso, o comportamento de Joost Klein em relação a um membro da equipe é considerado uma violação das regras do concurso. A Grande Final do 68º Eurovision Song Contest agora seguirá com 25 músicas participantes."

Dias antes da final, manifestantes protestaram contra a participação de Israel no concurso. Na última quinta-feira, 9, Eden Golan foi classificada para a final. No sábado, porém, a cantora precisou lidar com vaias enquanto cantava “Hurricane”.

Golan deveria participar do festival com a música "October Rain", cuja letra teria vazado ainda em fevereiro. Os versos da jovem de 20 anos fariam menção às vítimas do Hamas no ataque de 7 de outubro.

A canção foi barrada pela competição por supostamente não respeitar a regra de neutralidade política. Por isso, o presidente de Israel, Isaac Herzog, garantiu que a letra da música seria modificada ao entrar em contato com a KAN, emissora de Israel que transmite o Eurovision SongContest.

A letra da faixa — que passou a se chamar "Hurricane" — de Golan diz: "Baby, prometa-me que me abraçará novamente / Eu continuo machucada por causa desse furacão" (“Baby, promise me you’ll hold me again / I’m still broken from this hurricane”), no lugar de "E eu te prometo que nunca mais / Continuo molhada por essa chuva de outubro" (“and I promise you that never again / I’m still wet from this October rain”).