Cantora sente gratidão pela repercussão do trabalho mais popular de sua carreira, com mais de 17 milhões de cópias vendidas
Publicado em 08/11/2023, às 08h30
A cena rock foi tomada de assalto pelo Evanescence em 2003, quando seu álbum de estreia, Fallen, foi lançado. No embalo de hits como “Bring Me to Life”, “My Immortal” e “Going Under”, o trabalho teve mais de 17 milhões de cópias vendidas em todo o planeta — estima-se que seja o 6º disco mais comercializado do século 21.
Duas décadas se passaram e Amy Lee segue orgulhosa dos feitos. Em entrevista ao TMDQA, a cantora e compositora — que esteve no Brasil com o Evanescence no último mês de outubro — compartilhou algumas reflexões sobre o período que gerou seu álbum mais vendido.
Inicialmente, ao ser perguntada sobre como foi revisitar as músicas de Fallen na turnê atual em celebração ao 20º aniversário do disco e para um relançamento deluxe com material extra, a ser disponibilizado em 17 de novembro, ela definiu como:
“Divertido, esclarecedor, e sim, um pouco difícil às vezes.”
Em seguida, a cantora explicou seu pensamento:
“Fallen é uma parte enorme da minha vida e tem sido uma parte do nosso show ao vivo desde sempre, sempre crescendo e ao mesmo tempo me trazendo de volta pra casa. De verdade, revisitar as gravações antigas, as fitas cassete antigas, fotos, tudo isso trouxe de volta memórias e sentimentos que eu havia esquecido.”
Com sinceridade, Lee admitiu que mesmo tão jovem à época — tinha 21 anos quando o álbum saiu —, estava muito “consumida” por todo o trabalho envolvido.
“Eu era tão jovem e estava tão consumida! Eu ainda olho para trás e me sinto acima de tudo grata por ter recebido a chance extraordinária de fazer o que eu mais amo e sentir o amor voltar até mim de todos os cantos do mundo. Eu não poderia pedir mais com relação ao lugar onde estamos hoje depois de tudo que essa banda passou.”
Em entrevista de 2018 ao RTBF (via Blabbermouth), Amy Lee refletiu sobre todo o sucesso conquistado pelo Evanescence. Além de Fallen, a banda conquistou boa repercussão com o álbum seguinte, The Open Door — estima-se que o trabalho tenha mais de 5 milhões de cópias vendidas em todo o mundo.
“Eu me sinto orgulhosa quando olho para trás. Olho para o passado e vejo meu rosto, especialmente em uma entrevista antiga ou em um show na turnê do Fallen, e me vejo como uma criança. Havia morado fora da casa dos meus pais por uns quatro anos. Então vejo e penso: ‘uau, foi uma coisa incrivelmente louca de se acontecer’.”
Outro ponto destacado por Lee na ocasião foi o “malabarismo” para lidar com a fama ainda tão jovem. Além disso, precisava manter sua banda unida — algo que não foi possível, já que todos os integrantes na época de Fallen acabaram saindo.
“Estava me ajustando emocionalmente, tentando manter a banda junta e toda a maluquice que acompanha isso.”
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Desde 2007 escreve sobre música, com foco em rock e heavy metal. Colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022, mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram, X/Twitter, Facebook, Threads, Bluesky, YouTube: @igormirandasite.