ROCK

“Tão jovem e consumida”: as reflexões de Amy Lee sobre Fallen, do Evanescence

Cantora sente gratidão pela repercussão do trabalho mais popular de sua carreira, com mais de 17 milhões de cópias vendidas

Igor Miranda (@igormirandasite)

Amy Lee (Foto: Frederick M. Brown/Correspondente)
Amy Lee (Foto: Frederick M. Brown/Correspondente)

A cena rock foi tomada de assalto pelo Evanescence em 2003, quando seu álbum de estreia, Fallen, foi lançado. No embalo de hits como “Bring Me to Life”, “My Immortal” e “Going Under”, o trabalho teve mais de 17 milhões de cópias vendidas em todo o planeta — estima-se que seja o 6º disco mais comercializado do século 21.

Duas décadas se passaram e Amy Lee segue orgulhosa dos feitos. Em entrevista ao TMDQA, a cantora e compositora — que esteve no Brasil com o Evanescence no último mês de outubro — compartilhou algumas reflexões sobre o período que gerou seu álbum mais vendido.

Inicialmente, ao ser perguntada sobre como foi revisitar as músicas de Fallen na turnê atual em celebração ao 20º aniversário do disco e para um relançamento deluxe com material extra, a ser disponibilizado em 17 de novembro, ela definiu como:

“Divertido, esclarecedor, e sim, um pouco difícil às vezes.”

Em seguida, a cantora explicou seu pensamento:

Fallen é uma parte enorme da minha vida e tem sido uma parte do nosso show ao vivo desde sempre, sempre crescendo e ao mesmo tempo me trazendo de volta pra casa. De verdade, revisitar as gravações antigas, as fitas cassete antigas, fotos, tudo isso trouxe de volta memórias e sentimentos que eu havia esquecido.”

Com sinceridade, Lee admitiu que mesmo tão jovem à época — tinha 21 anos quando o álbum saiu —, estava muito “consumida” por todo o trabalho envolvido.

“Eu era tão jovem e estava tão consumida! Eu ainda olho para trás e me sinto acima de tudo grata por ter recebido a chance extraordinária de fazer o que eu mais amo e sentir o amor voltar até mim de todos os cantos do mundo. Eu não poderia pedir mais com relação ao lugar onde estamos hoje depois de tudo que essa banda passou.”

Evanescence e o orgulho de Amy Lee

Em entrevista de 2018 ao RTBF (via Blabbermouth), Amy Lee refletiu sobre todo o sucesso conquistado pelo Evanescence. Além de Fallen, a banda conquistou boa repercussão com o álbum seguinte, The Open Door — estima-se que o trabalho tenha mais de 5 milhões de cópias vendidas em todo o mundo.

“Eu me sinto orgulhosa quando olho para trás. Olho para o passado e vejo meu rosto, especialmente em uma entrevista antiga ou em um show na turnê do Fallen, e me vejo como uma criança. Havia morado fora da casa dos meus pais por uns quatro anos. Então vejo e penso: ‘uau, foi uma coisa incrivelmente louca de se acontecer’.”

Outro ponto destacado por Lee na ocasião foi o “malabarismo” para lidar com a fama ainda tão jovem. Além disso, precisava manter sua banda unida — algo que não foi possível, já que todos os integrantes na época de Fallen acabaram saindo.

“Estava me ajustando emocionalmente, tentando manter a banda junta e toda a maluquice que acompanha isso.”

Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pós-graduado em Jornalismo Digital. Começou em 2007 a escrever sobre música, com foco em rock e heavy metal. É colaborador da Rolling Stone Brasil desde 2022 e mantém o site próprio IgorMiranda.com.br. Também trabalhou para veículos como Whiplash.Net, revista Roadie Crew, portal Cifras, site/canal Ei Nerd e revista Guitarload, entre outros. Instagram e outras redes: @igormirandasite.
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