Taylor Swift pode fazer show na China — entenda o que isso significa

Taylor Swift pode estar prestes a fazer história mais uma vez. De acordo com o meio de comunicação local The Paper (via Reuters), a equipe da cantora estaria negociando com autoridades de Xangai, na China, para a realização de um show no município — um dos mais populosos do mundo, com 26,31 milhões de habitantes.

Esta não seria a primeira viagem de Swift a território chinês. A cantora, muito popular no país, já havia se apresentado por lá em 2011, 2014, 2015 e 2019, neste último caso em formato mais curto, de pocket show.

Não se sabe se a artista americana levaria o espetáculo The Eras, que rodou o planeta entre 2023 e 2024. Foi a primeira turnê na história a ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão em receita — e com sua conclusão, o recorde foi dobrado, com US$ 2 bi de arrecadação após 149 shows nas Américas do Norte e do Sul (incluindo Brasil), Europa, Ásia e Oceania.

Ouvido pela reportagem, Zhang Qi, vice-diretor do departamento de cultura e turismo de Xangai, confirmou a informação de que existem “conversas iniciais” para Swift se apresentar no país mais populoso do globo. Qi afirmou ter conhecido a equipe da cantora na cidade.

“Quanto a se isso pode acontecer no final, sentimos que terá que depender do mercado e da atratividade da cidade de Xangai. Mas estamos otimistas de que eles podem ter esperança este ano.”

Taylor Swift na China

Uma possível apresentação futura de Taylor Swift na China pode marcar um novo período de reabertura do país. Nas décadas de 2000 e 2010, o governo chinês demonstrou estar mais aberto, mas a pandemia de covid-19 e a deterioração das relações sino-americanas representaram um fechamento para determinados elementos da chamada cultura ocidental.

Uma exceção ocorreu em setembro de 2024, quando Ye (anteriormente conhecido como Kanye West) realizou duas apresentações no Wuyuan River Stadium, em Haikou, capital da província chinesa de Ainão. Embora seja um dos artistas mais controversos da atualidade, o rapper recebeu autorização pelo governo local não apenas por já ter cantado lá em 2005 e 2008, como também por ter morado no país — mais especificamente em Nanquim — quando mais novo, acompanhando sua mãe que, à época, dava aulas em uma universidade.

Conforme apontado pelo The Guardian, o partido comunista chinês aplica censura rigorosa a meios de comunicação locais e produções artísticas e culturais estrangeiras, a ponto de menos de 40 filmes internacionais terem sua veiculação aprovada anualmente. É comum que autoridades locais demandem que artistas e bandas submetam seus repertórios e letras de músicas para aprovação, raramente com sucesso.

Elementos extramusicais também contam na análise. Justin Bieber, que se apresentou no país em 2011, 2013 e 2015, teve sua entrada no país impedida em 2017 por suas polêmicas no período. Já Lady Gaga, que cantou por lá em 2009 e 2012, foi banida e viu toda a sua obra (musical e cinematográfica) ter reprodução impedida após um encontro com o atual Dalai Lama, líder religioso do Tibete.

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