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Música / Política

Taylor Swift pode impactar eleições dos Estados Unidos? Veja números

Segundo site, apelo de cantora no último mês de setembro teria gerado o registro de 30 mil novos eleitores nos EUA, onde o voto não é obrigatório

Eduardo do Valle (@duduvalle)
por Eduardo do Valle (@duduvalle)
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Publicado em 23/01/2024, às 11h27

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Taylor Swift (Getty Images)
Taylor Swift (Getty Images)

Taylor Swift pode ter um impacto nas eleições presidenciais deste ano nos Estados Unidos. Segundo o site USA Today, a cantora foi responsável por impulsionar um recorde de 30 mil novos eleitores em um mesmo dia após pedir engajamento de seus fãs por um post no Instagram.

O pedido da cantora, realizado no último dia 19 de setembro, teria gerado um crescimento maior entre o cadastro de jovens eleitores dos estados do Texas, Califórnia, Nova York, Illinois e Flórida.

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O "efeito Taylor" teria sido mais sensível no Texas, onde 2.700 registros foram feitos no dia do apelo da cantora, além de outros 4.562 nos 10 dias seguintes. Ao todo, o estado tem 17,7 milhões de eleitores registrados.

Segundo o site, a fanbase de Taylor tenderia a ser mais liberal do que parte dos eleitores estadunidenses. A participação desse grupo, portanto, poderia ser determinante para decidir o pleito em determinados colégios eleitorais, em um país onde o voto não é obrigatório.

"Apesar dos novos eleitores provavelmente não serem o bastante para afetar a eleição presidencial, diversas disputas para o legislativo em 2022 foram decididas por menos de 1.000 votos", diz o artigo.

A análise, escrita por Trevor Hughes, relembra ainda o crescimento do grupo com idades entre 18 e 29 anos na última década. Em 2016, quando o republicano Donald Trump foi eleito, 40% dos eleitores registrados nesta faixa compareceram à votação; já em 2020, na eleição do democrata Joe Biden, 48% dos eleitores do grupo teriam participado do pleito.

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Taylor Swift (Getty Images)

Taylor Swift, pop e política

A 'convocatória' de Taylor Swift veio via Instagram em setembro, quando se observa o National Voting Day, ou Dia Nacional do Voto, no país.

Pelos stories da rede social, Taylor, que mantém postura política relativamente discreta no tocante a candidatos e posicionamentos, escreveu: "Tenho tanta sorte de ver tantos de vocês em meus shows nos EUA recentemente".

"Vi vocês levantarem suas vozes e sei o quanto elas são poderosas. Garantam com que vocês possam usá-las em nossas eleições este ano."

A cantora então compartilhou um link para que os fãs se registrassem para votar nos Estados Unidos - um país onde, diferente do Brasil, o voto não é obrigatório, mas que, como no Brasil, a participação do jovem eleitor é fundamental.

Com a mensagem, Taylor expôs o link para registro a mais de 272 milhões de seguidores, juntando-se a uma série de artistas que têm reforçado a importância do engajamento político dos fãs de pop.

Ao longo das últimas campanhas, nomes como Harry Styles, Ariana Grande, Megan Thee Stalion, Beyoncé, Billie Eilish e Paramore já fizeram campanha - não por um político específico, mas pela participação no processo eleitoral. Segundo a HeadCount, organização que monitora o impacto destas campanhas, mais de 150 mil pessoas registraram-se para votar motivadas pelos artistas (via Rolling Stone US).

O impacto de artistas - e especificamente de Taylor Swift - aparece também internacionalmente. Em sua passagem pela América do Sul no último semestre, a cantora gerou mobilização dos fãs na Argentina, onde seu show ocorreu em meio à eleição presidencial que acabaria elegendo Javier Milei.

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Diversos cartazes espalhados pela cidade associaram Taylor à oposição a Milei, associando-o a Donald Trump - a quem a cantora se opôs na última corrida presidencial dos Estados Unidos, em 2020 (via G1).

No entorno do estádio Monumental, em Buenos Aires, onde Taylor fez sua primeira apresentação argentina, surgiram cartazes: "Swiftie no vota Milei" ("Swiftie não vota em Milei").