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Tim Bernardes lança 'Nascer, Viver, Morrer' e promete disco com 'novos sons e reflexões' [ENTREVISTA]

Após parcerias com Gal Costa e Fleet Foxes, Tim Bernardes mira segundo disco solo, Mil Coisas Invisíveis

Dimitrius Vlahos (sob supervisão de Eduardo do Valle)
por Dimitrius Vlahos (sob supervisão de Eduardo do Valle)

Publicado em 03/05/2022, às 16h08 - Atualizado em 17/05/2022, às 11h03

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Tim Bernardes (Foto: Marco Lafer & Isabela Vdd)
Tim Bernardes (Foto: Marco Lafer & Isabela Vdd)

Tim Bernardes está de volta! O cantor paulistano anunciou segundo disco da carreira solo, Mil Coisas Invisíveis, previsto para junho deste ano. O vocalista da banda O Terno chamou atenção da mídia com Recomeçar (2017) - estreia aclamada, que o rendeu indicação ao Grammy Latino por Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa.

A jornada do cantor entre os dois projetos foi intensa. Com O Terno, lançou o disco Atrás/Além (2019), e passou por grandes festivais, como o Rock in Rio. Além disso, foi reconhecido por grandes nomes da música brasileira, como Gal Costa - que gravou "Baby" em parceria com ele.

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A caminhada de Tim seguiu por rumos internacionais. A banda norte-americana de indie rock Fleet Foxes o convidou para participar de Shore (disco indicado ao Grammy), na faixa "Going-to-the-Sun Road." Músico deve abrir shows do grupo pelos Estados Unidos e Canadá. Mil Coisas Invisíveis também será lançado em outros países simultaneamente ao Brasil.

Em entrevista exclusiva à Rolling Stone Brasil, cantor comentou diferenças entre os dois projetos, deu pistas sobre Mil Coisas Invisíveis e descreveu expectativas para tocar no Primavera Sound São Paulo. Confira:

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Rolling Stone Brasil: Como Mil Coisas Invisíveis é diferente do Recomeçar musicalmente?
Tim Bernardes: Eu acho que ele tem um próprio universo. Cada disco surge de um jeito e acho que o Recomeçar era um disco muito conceitual, era quase como uma longa música de 40 minutos, tudo girando em torno de um tema… Ele tinha um mood e essa era justamente a minha intenção. Já no Mil Coisas Invisíveis, eu tinha vontade de ser um pouco mais eclético, então ele tem coisas que podem lembrar outros trabalhos, como um estilo que eu desenvolvi até hoje, mas tem caminhos novos, novas reflexões.

Um álbum é sempre um retrato do momento que eu estou passando. Então, muda o momento, muda a fase da vida, mudam as reflexões. O disco também reflete isso, né? Então, eu tive essa preocupação de não soar parecido com o Recomeçar, mas também não queria fugir do meu próprio estilo. Eu vejo Mil Coisas Invisíveis como um passo adiante, usando o que eu trouxe comigo, o que eu construí, mas sem fugir de novos caminhos, novos sons, novos assuntos.


RS Brasil: Contato com artistas renomados brasileiros (Gal Costa) e até internacionais (Fleet Foxes) agregou algo na sua composição do disco?
Tim: Essas coisas muito legais que foram rolando, as participações e parcerias com gente de quem eu sempre fui fã, foi e é um lance que me deixa muito feliz com o fato de ser músico. Me dá um gás, me dá animação para seguir fazendo o que eu faço, para continuar querendo e pensando em fazer as músicas e os discos do jeito que eu mais gosto, do melhor jeito possível. Eu penso que as composições do disco refletem mais sentimentos, pensamentos, coisas íntimas minhas, de um momento em que eu estou mergulhado um pouco mais no meu próprio mundo. Por isso, vejo quase como terrenos diferentes, sabe?

Quando eu estou fazendo uma parceria, trabalhando com alguém, tendo contato com alguém de quem eu sou muito fã, isso está me dando uma energia que eu posso usar nos momentos mais introspectivos. O disco é um desenvolvimento de uma linguagem própria, é como um terreno diferente mesmo, especialmente no caso do disco solo, que é quando eu faço mais coisas sozinho, eu me proponho a explorar o que eu consigo fazer de arranjo, o que eu tenho para dizer, como eu estou cantando…


RS Brasil: Com o lançamento também internacional do disco, quais são suas expectativas para essa nova era? Que, inclusive, começa com escalação para o Primavera Sound São Paulo
Tim: Fazer esse lançamento simultâneo dentro e fora do Brasil é uma coisa que está me deixando muito empolgado. Os outros discos foram atraindo alguma atenção de gente de fora do Brasil e tiveram até reedições em vinil, mas sempre depois do lançamento.

Estou aprendendo muito, porque eu tinha curiosidade e tenho vontade de conhecer a cena da música fora do Brasil também, saber como é a minha profissão em outros lugares. Estou super animado. O lance do Primavera Sound São Paulo foi uma ótima notícia, vai ser um show bem bacana. Eu também tenho novidades muito legais sobre turnê, que eu vou soltando aos poucos.


Os dois primeiros singles do disco, "Nascer, Viver, Morrer" e "BB (Garupa de Moto Amarela)," estão disponíveis: