O sambista morreu nesta quinta, 27, aos 96 anos, e é considerado um importante nome da cultura popular brasileira
Nesta quinta, 27, o lendário sambista Nelson Sargento morreu, aos 96 anos, por complicações da Covid-19. O músico foi testado positivo para a doença no sábado, 22, e no mesmo dia foi transferido para a UTI.
Na quarta, 26 de maio, o quadro de saúde do sambista piorou e a família autorizou a intubação. Conforme noticiado pela Folha de S. Paulo, as complicações da doença levaram à morte do músico nesta quinta, 27.
Em fevereiro, o compositor da Mangueira recebeu a segunda dose da vacina contra Covid-19. Um estudo da Vebra Covid-19, contudo, apontou recentemente que a efetividade da vacina entre os que têm mais de 80 anos é menor que a eficácia global de 50,7%, divulgada pelo Instituto Butantan.
Compositor, cantor, pesquisador da música popular brasileira, artista plástico, ator e escritor brasileiro, Nelson Sargento era presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira. Nascido no Rio de Janeiro, o sambista tem uma vasta trajetória - e é considerado um nome muito importante para a cultura brasileira.
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Tratado como crime até a década de 1930, o samba foi marginalizado por autoridades brasileiras por ser cultura negra cantada por trabalhadores e descendentes de escravos. Desde 1950, Nelson Sargento militou pela valorização da música popular.
Com apenas 10 anos, no morro do Salgueiro, Nelson Sargento entrou em contato com o samba ao desfilar e tocar tamborim na escola "Azul e Branco". Na adolescência, com a ajuda e reconhecimento de Alfredo Português, importante compositor do Grêmio Recreativo Escola de Samba (GRES) Estação Primeira de Mangueira, ganhou notoriedade no meio musical.
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Em 1955, Sargento e Português compuseram o icônico samba-enredo "Primavera", também conhecido como "As quatro estações do ano". A composição é notória para o samba, e foi o começo de uma grande e importante trajetória.
Nelson participou do grupo A Voz do Morro, ao lado de Paulinho da Viola, Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho e outros grandes nomes. Também compôs ao lado de Cartola, Carlos Cachaça, Darcy da Mangueira, Teresa Cristina mais.
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A carreira do sambista não foi apenas na música. Nelson Sargento escreveu os livros Prisioneiro do Mundo e Um certo Geraldo Pereira, além de atuar em filmes como O Primeiro Dia e Orfeu.
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