15 anos de ‘I Write Sins Not Tragedies’, single que colocou o Panic! At The Disco no mapa

A música lançada em 27 de fevereiro de 2006 popularizou o grupo internacionalmente

Camilla Millan

Clipe de I Write Sins Not Tragedies (Foto: Reprodução)
Clipe de I Write Sins Not Tragedies (Foto: Reprodução)

Há exatos 15 anos, o hit “I Write Sins Not Tragedies”, do disco A Fever You Can’t Sweat Out (2005), foi lançado como single – e o acontecimento mudaria a história do Panic! At the Disco

Inicialmente, a banda era formada por Spencer Smith, Brent Wilson, Ryan Ross e Brendon Urie – único integrante original que permanece no grupo atualmente. Essa era a formação na época do lançamento de “I Write Sins Not Tragedies”, cujo clipe foi lançado meses depois, em 18 de julho de 2006.

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É impossível falar do single e não citar o clipe – primeiro lançado pela banda. Um dos principais responsáveis pela fama inicial do Panic! At the Disco foi o vídeo, responsável por registrar a criatividade e excentricidade dos integrantes, além de incluí-los em uma seleta lista de grupos emo que ascendiam nos anos 2000.

Inspiração para música e gravação do disco

Como qualquer banda no início da carreira, o orçamento do disco A Fever You Can’t Sweat Out (2005), era baixo: US$10 mil. Por isso, o grupo não pôde pagar músicos de sessão para as gravações, mas tiveram outra ideia. 

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Assim, os integrantes recrutaram estudantes da banda de uma escola para tocar a instrumentação do disco. “I Write Sins Not Tragedies”, por exemplo, contou com as notas de um violoncelo tocado por uma adolescente.

Segundo o site SongFacts, “I Write Sins Not Tragedies” foi inventada pelo então guitarrista Ryan Ross, que se inspirou no próprio fim de relacionamento com a namorada. O músico queria transmitir a ideia de que, “apesar de todo o acontecido, poderia ser bem pior.

O Casamento incomum 

O clipe acompanha um casamento peculiar entre uma mulher de família conversadora e um homem com familiares palhaços. A história é narrada por Brendon Urie, que personifica a consciência do noivo e o condutor do circo no qual o casamento se transforma, além de tentar mostrar para o personagem que a futura esposa não vale à pena.

Vestido com cartola e um terno vermelho, Urie é o grande protagonista do vídeo, usando também da habilidade de ator e deixando a narrativa ainda mais interessante com muitas caras e bocas. 

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Estilo Emo

Nos anos de 2000, houve a ascensão do estilo emo com bandas como My Chemical Romance e Fall Out Boy – e o Panic! At The Disco participou desse momento na indústria musical. 

A banda iniciou as atividades no universo emo – muito diferente da recente parceria com Taylor Swift, “Me!” -, com letras de confissões, irônicas e o visual característico, percebido, por exemplo, em “I Write Sins Not Tragedies”. Além do forte delineador nos olhos, os integrantes do grupo aparecem no clipe com o característico cabelo liso e a franja caída no rosto – look conhecido entre os jovens dos anos 2000.

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Reconhecimento

O clipe do diretor Shane Drake fez com que a banda ganhasse reconhecimento internacional. O vídeo de “I Write Sins Not Tragedies” prêmio de Vídeo do Ano durante o MTV Video Music Awards de 2006 – vitória sobre “Hips Don’t Lie” de Shakira, “Hung Up” de Madonna e “Ain’t No Other Man” de Christina Aguillera.

Apesar de não vencer outras categorias na premiação, a banda recebeu outras quatro indicações pelo vídeo: Melhor videoclipe de grupo, Melhor videoclipe de rock, Melhor revelação e Melhor direção de arte. O clipe também foi classificado em 7º lugar na lista dos 100 melhores vídeos de 2006 do VH1, canal de televisão norte-americano.

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O rock ‘n’ roll abalou o mundo da música e trouxe uma oportunidade para os músicos que procuravam um meio mais agressivo e despretensioso para se expressar. E, desde os primórdios do gênero musical, diversas bandas conquistaram fãs ao redor do mundo com canções espetaculares e atitudes provocativas.

Contudo, segundo a Cleveland, o conceito de estrela do rock mudou ao longo dos anos e é preciso deixar o antigo estereótipo de lado para reconhecer o trabalho de novas gerações de músicos, os quais estão dispostos a dar continuidade a história do rock. 

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Por isso, o site separou as melhores bandas de cada ano, desde 1969 até 2019. A lista foi feita considerando os números de vendas, conquistas, repercussão e qualidade de música dos artistas. Confira:

1969 – The Beatles

1970 – Led Zeppelin

1971 – Led Zeppelin 

1972 – The Rolling Stones 

1973 – Pink Floyd 

1974 – The Band 

1975 – Led Zeppelin

1976 – Queen 

1977 – Fleetwood Mac 

1978 – The Rolling Stones 

1979 – The Eagles 

1980 – Pink Floyd 

1981 – The Rolling Stones 

1982 – The Clash 

1983 – The Police 

1984 – Talking Heads 

1985 – The Cure 

1986 – R.E.M.

1987- U2

1988 – Guns N’ Roses 

1989 – Guns N’ Roses 

1990 – Pixies 

1991 – Metallica 

1992 – Nirvana 

1993 – Pearl Jam 

1994 – Green Day 

1995 – Oasis 

1996 – Smashing Pumpkins

1997 – Radiohead

1998 – Beastie Boys 

1999 – Rage Against the Machine 

2000 – Radiohead 

2001 – Linkin Park 

2002 – System of a Down 

2003 – The White Stripes 

2004 – Green Day

2005 – The Killers 

2006 – Fall Out Boy 

2007 – Foo Fighters

2008 – Coldplay 

2009 – Paramore 

2010 – Arcade Fire 

2011 – Foo Fighters 

2012 – The Black Keys 

2013 – Vampire Weekend 

2014 – Arctic Monkeys 

2015 – Alabama Shakes

2016 – The 1975 

2017 – Twenty One Pilots 

2018 – Panic! at the Disco 

2019 – Queen 

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