De estrelas britânicas à poderosa Streep, eis nossa lista atualizada das mulheres vencedoras do Oscar no século XXI
Ao contrário dos premiados como Melhor Ator dos últimos 20 anos no Oscar, com duas vitórias de Sean Penn e Daniel Day-Lewis, o campo de Melhor Atriz não repete ganhadoras. Em vez disso, esta categoria apresentou um resumo bastante decente da atual realeza da atuação de Hollywood, com nomes como Meryl Streep, Cate Blanchett, Olivia Colman, Nicole Kidman e Marion Cotillard.
O engraçado, no entanto, é: as melhores atrizes raramente venceram pelos melhores papéis na carreira - isso torna nossa classificação das ganhadoras do Oscar de Melhor Atriz do século XXI especialmente desafiadora. Mas deixamos de lado o corpo de trabalho de uma artista para determinar a lista, focando na função específica.
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Consequentemente, este será provavelmente o único ranking de grandes atrizes na web com Meryl Streep em último lugar. (Por favor, saiba que você é a primeira em nossos corações, Sra. Streep, especialmente depois daquele discurso arrasador do Globo de Ouro em 2017.)
Sem mais delongas - e em homenagem ao 93º Oscar em 25 de abril - veja nossa análise das vencedoras na categoria de Melhor Atriz do século XXI até o momento, da pior a melhor:
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Meryl Streep é a melhor atriz da geração dela - na verdade, deve ser a mais bem preparada de várias gerações. Porém, isso não a isenta de falhas durante o caminho; o Oscar não reconhecer isso é indesculpável.
Em A Dama de Ferro, Streep interpretou Margaret Thatcher como deveria ter feito. Por sobrepor as técnicas de atuação em vez dos sentimentos, o filme biográfico não tem inspiração e traz a pior qualidade da atriz.
Uma das histórias mais dominantes do Oscar 2010 foi o retorno de Sandra Bullock depois de Miss Simpatia (2000) e A Proposta (2009).
Além de exibir a falta de profundidade por trás de Leigh Anne Tuohy, a interpretação da atriz esconde os defeitos de Um Sonho Possível: é outro longa hollywoodiano sobre como personagens brancos aprendem lições valiosas ao ajudarem uma juventude negra e pobre.
Nicole Kidman foi uma das melhores atrizes entre 1999 e 2004. Prova disso são os trabalhos dela em De Olhos Bem Fechados (1999), Moulin Rouge - Amor Em Vermelho (2001), Os Outros (2001), Dogville (2003), Reencarnação (2004).
Apesar de render-lhe um Oscar, o papel como Virginia Wolf em As Horas não chega a ser tão bom - uma personagem desesperada e triste, mas equilibrada pela solenidade do diretor Stephen Daldry. Em outras palavras, a posição de Kidman nessa lista fala mais sobre o bom filme no qual trabalhou em vez da atuação. Para muitos atores, As Horas seria o auge da carreira.
Em um episódio da série Extras, de Ricky Gervais, Kate Winslet interpretou uma versão satírica dela mesma ao se deparar com filmes sobre o holocausto por temas similares “garantirem um Oscar” com facilidade.
Alguns anos mais tarde, ganhou a estatueta após viver uma alemã apaixonada por um adolescente (Davis Kross). “Isso nunca foi um filme só sobre holocausto para mim,” disse a atriz na época. “Na minha opinião, era uma história de amor incomum.”
Era difícil acreditar o envolvimento de qualquer ator com o projeto se não fosse para vencer um Oscar. Winslet é comovente no papel, mas o trabalho não chegou a ser marcante o suficiente para ser lembrado.
O mais forte na atuação de Renée Zellweger como a condenada Judy Garland é como a vencedora de dois Oscars parece estar comunicando algo sobre si mesma em seu retrato reverente da lendária cantora. Judy narra o canto do cisne de Garland quando, perto do fim de sua vida, viajou para Londres para uma série de concertos para ser seu retorno. Além de acertar na inteligência do ícone, Zellweger articula a mentalidade de ser mulher em uma indústria de entretenimento sexista.
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Garland morreu aos 47 anos; Zellweger tinha 50 quando reivindicou sua Judy (Oscar.) Este é um filme biográfico familiar de várias maneiras, mas a compaixão da atriz para o papel ajudou a elevar os procedimentos. Renée Zellweger parece deferir um golpe para “mulheres de certa idade”, as quais não estão prontas para serem colocadas no pasto - mesmo que, no caso de Garland, uma overdose tenha encurtado sua vida tragicamente.
“Stand By Your Man” era uma música de Tammy Wynette, mas poderia ser facilmente aplicada a June Carter de Johnny & June, a qual amava Johnny Cash, mas temia os fins os quais bebida e a inquietação poderiam trazer à vida dela.
Reese Witherspoon incorpora esses sentimentos e emoções no filme biográfico, funcionando como um drama romântico, a atriz faz a personagem com uma franqueza objetiva e mantém o Johnny Cash de Joaquin Phoenix em alerta. Como várias das vencedoras de Melhor Atriz nesta lista, Witherspoon foi mais forte e sutil em outros papéis, mas Johnny & June forneceu a personagem viva e realista a performance mais premiada.
“Não sei o que fiz nesta vida para merecer tudo isso”, disse Hilary Swank ao aceitar o Oscar por Menina de Ouro. “Sou apenas uma garota de um parque de trailers com um sonho.” Dessa forma, estava intimamente ligada à sua personagem, Maggie, que escapa do beco sem saída do Missouri para chegar a Los Angeles e treinar com o mal-humorado dono do ginásio de Clint Eastwood e se tornar uma campeã de boxe.
Este foi o segundo Oscar de Swank depois de Meninos Não Choram (1999), e em ambos os filmes ela transcende os clichês, normalmente usados para elogiar suas performances: coragem, coragem, coragem. O prêmio tem uma longa história de celebrar os oprimidos, e aqui, Hilary Swank se concentrou no desespero de Maggie, passando por cima, por cima e por baixo de qualquer obstáculo o qual a impedia de encontrar algum senso de contentamento.
Os espectadores viram Marion Cotillard em filmes como Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas (2003) e Um Bom Ano (2006) mas não a viram de verdade até interpretar a perturbada Edith Piaf em Piaf: Um Hino de Amor. Este é um filme biográfico musical no qual joga a cronologia pela janela, preferindo conexões temáticas a uma recontagem direta de eventos.
A performance de Cotillard é igualmente aventureira, interpretando a cantora como um talento tumultuado cujas paixões alimentaram seu talento artístico e a destruíram. Desde Rose, a atriz sempre representou interesses amorosos fascinantes e de partir o coração em filmes americanos, mas a crueza em Dois Dias, Uma Noite (2014) prova como a dor fluida de Piaf é algo presente quando faz papel certo.
Em outro tempo e circunstâncias diferentes, talvez a vida de Aileen Wuorno não tivesse terminado de forma tão trágica — talvez ela não traria tanta miséria a quem cruzou seu caminho.
Contudo, esse é o mundo de Monster - Desejo Assassino, o qual retrata uma serial killer e prostituta e toda a sua raiva e tormento. Mas o mais intrigante foi a performance reveladora de Charlize Theron.
É fácil descartar a vitória do Oscar — mais uma atriz glamurosa se afundando em maquiagem para provar a boa fé dramática, certo? Mas isso não explica a profundidade atingida por Theron, a briga ativa dentro da cabeça de Wuorno enquanto tenta construir uma vida com a nova amante (Cristina Ricci) e, ao mesmo tempo, lidar com a memória dos abusos da infância.
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Theron não estava interessada em justificar Aileen Wuorno, e isso torna o longa muito mais inquietante. Talvez a própria Wuorno não conseguisse lutar contra a bagunça de demônios dentro dela.
Para quem acompanha a carreira de Brie Larson desde os filmes independentes como Temporário 12 (2013), é visível como ela rouba a cena em papéis coadjuvantes (veja Um Tira Acima da Lei [2011], Como Não Perder Essa Mulher [2013] e a franquia Anjos da Lei [2012]). Era uma questão de tempo até o reconhecimento como um grande talento pelos votantes.
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Tudo aconteceu muito rápido para Larson — mas, quantas vezes vemos um papel como a refém/mãe amorosa de O Quarto de Jack? E quantas atrizes dariam tanta graça e maternidade ao papel e, ao mesmo tempo, manteriam-se como perfeitas parceiras de Jacob Tremblay?
Foi mais que uma vitória — foi uma coroação para uma atriz a qual se tornaria uma das maiores super-heroínas do Universo Cinematográfico Marvel (MCU), Capitã Marvel.
Mais de 20 anos depois da primeira estatueta de Melhor Atriz por Fargo (1996), Frances McDormand retornou ao círculo dos vitoriosos pela performance como Mildred Hayes, uma mãe de luto na busca por justiça pela filha assassinada.
Três Anúncios Para Um Crime deu à atriz uma ótima plataforma para sua personalidade dura, de quem não liga para nada. Mas McDormand nunca deixa o público esquecer da angústia terrível da personagem — ou a compreensão torturante de que encontrar o assassino da filha não curará a ferida mortal da sua psique.
O fato de conseguir fazer de Mildred uma personagem engraçada é a cereja do bolo. Resistente, mas surpreendentemente afetuosa, a performance ancora um filme sobre a necessidade autodestrutiva de enfrentar a violência com violência — e as raras ocasiões quando permitimos compaixão e perdão a entrar na equação.
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Quando a histeria em volta de J. Law estava no máximo, era difícil lembrar qual foi a causa de toda a comoção. Revisite O Lado Bom da Vida, e os motivos para a ascensão da jovem atriz se tornam claros.
A atriz interpreta Tiffany, recém-viúva de luto pelo marido morto numa constante batalha contra a depressão. Essa é a definição da personagem, mas não do jeito como Lawrence a retrata: uma mulher combustível e frágil quem não sabe para onde vai.
Tiffany é empoderada pela beleza e sexualidade, mas tem medo do que significaria se apaixonar por um novo homem (Bradley Cooper). É raro um filme produzir uma personagem “problemática” tão vibrante e com tantas camadas, e a performance de Lawrence tipifica os aspectos formidáveis do seu trabalho. É urgente, convincente e realista sem parecer agitado ou falso.
Depois de todo o furor em volta de La La Land acabar - Foi uma conversa escapista ou uma saudação hábil e melancólica aos desafios de equilibrar arte e amor? Foi um retrocesso de Hollywood no ano de Moonlight? Ryan Gosling realmente salvou o jazz? - o que restou foi a performance de Emma Stone como Mia.
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A telona foi preenchida com histórias de sonhadores se mudando para Los Angeles para fazer nome, mas Stone envolveu a todos com o entusiasmo tonto e comportamento doce. Aqui está uma personagem com um otimismo sem limites, e você teme o futuro se a cruel e esmagadora realidade a derrubar.
Não é fácil interpretar um espírito indomável, porém, Stone revela toda coragem e fé necessárias para acreditar no amor e nos sonhos. Ela coloca uma música no seu coração e um nó na garganta.
“Eu realmente não penso muito sobre nada”, disse Olivia Colman, à Rolling Stone EUA, enquanto tentava explicar a abordagem ao interpretar a Rainha Anne na comédia de época mordaz, e estranhamente tocante de Yorgos Lanthimos. “Meu livro sobre atuação seria muito curto.” A atriz inglesa pode ter problemas em contar as contribuições para o papel, mas era claro o suficiente para qualquer um que assistiu como ela nos deu uma líder tola, doentia e vulnerável, de quem nós dois zombamos e nos sentimos excessivamente mal.
Colman fez carreira na televisão britânica com um tom de comédia (Peep Show) e hábil presença dramática (Broadchurch), mas foi apenas com A Favorita que os cinéfilos - e especialmente o público americano - puderam vê-la combinar os dois talentos.
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Como objeto de afeto de duas mulheres muito diferentes (as vencedoras anteriores do Oscar, Rachel Weisz e Emma Stone), a Rainha Anne rapidamente descobre como é solitário estar no topo. Mas quando Colman ganhou o prêmio em uma virada sobre Glenn Close por A Esposa, seu triunfo foi recebido com alegria - o culminar de uma carreira estelar e ainda vibrante, combinada por alguns dos melhores trabalhos já feitos por ela, na tela grande ou pequena.
Por Halle Berry ter feito, principalmente, comédias e filmes dos X-Men antes de A Última Ceia, é possível que a vitória no Oscar tenha sido, em parte, uma surpresa para alguns jurados da Academia por seu talento dramático.
Mas a atitude paternalista não faz justiça ao retrato extremamente cru de Letícia, uma georgiana da classe trabalhadora quem perde o marido e o filho no decorrer do filme, tendo um caso de amor imprudente com o guarda da prisão racista de Billy Bob Thornton. (A construção da cena de sexo intensa e desajeitada - na qual Letícia implora: "Faça-me sentir bem" - continua sendo uma das mais íntimas e viscerais fusões de dor e alívio do século.) Berry a interpreta com muito orgulho ferido, chegando a ser difícil de aguentar, e em uma época de #OscarsSoWhite, vale ressaltar o fato de ela ainda ser a única afro-americana a ganhar o prêmio de Melhor Atriz.
Após um ano treinando balé para se preparar para o papel em Cisne Negro, Natalie Portman oferece um cenário de pior caso / melhor caso da necessidade do artista se esforçar além do ponto de ruptura para fazer algo duradouro. Tanto a beleza quanto a loucura inerentes à busca pela perfeição estão escritas em todo o rosto da atriz, resultando em uma espécie de retrato arriscado que te deixa escravo, mesmo se você permanecer com medo da mulher da performance se quebrar no processo.
Mas Portman nunca vacilou: em uma carreira iniciada com uma fria confiança vista em O Profissional, Cisne Negro foi o culminar da justaposição delicada e forte frequentemente presente no coração dos personagens interpretados por ela. Este thriller psicológico muitas vezes corre o risco de sair dos trilhos, mas Portman dá ao filme uma base empática.
Como é um colapso nervoso em câmera lenta? Em nossos piores pesadelos, tememos ser parecido com o retrato cômico/trágico de Cate Blanchett da recém-viúva Jasmine, na comédia de humor ácido de Woody Allen, a qual recua com uma mistura de repressão e horror ao observar a dolorosa revelação de uma mulher.
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Blanchett nunca foi de esconder os tiques e maneirismos dos personagens, mas o papel de Jasmine - a qual tenta reconstruir a vida em San Francisco depois de algumas circunstâncias infelizes em Nova York - requer uma litania fascinante e estressada, com justificativas frenéticas e má postura, combinando para dramatizar uma vida permanentemente caindo pelo ralo.
Ganhando o segundo Oscar, Blanchett é ardentemente engraçada às vezes, mas nunca rimos de Jasmine, pois o colapso mental é tão completo que é angustiante assistir.
Estrelas importam: raramente isso foi mais verdadeiro do que quando Julia Roberts entrou para a história de Erin Brockovich, uma mãe solteira lutando por uma pequena comunidade do sul da Califórnia a qual foi lentamente envenenada por uma corporação de energia.
Isso não quer dizer que Erin Brockovich não seja uma trama inteligente e comovente, mas é a simpatia natural de Roberts, a sutileza e o apelo sexual que aumentam o nível material. (Na verdade, este pode ser o único filme de Steven Soderbergh que pertence mais à sua liderança do que ao diretor.)
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Revelando figurões corporativos, enfrentando um possível interesse amoroso (Aaron Eckhart) e mostrando uma atitude forte contra o chefe confuso de Albert Finney, Roberts não só incorpora um papel quanto aperfeiçoa a persona.
A qualidade definidora da atuação de Helen Mirren como Rainha Elizabeth II é sua calma. E é nessa calma que a atriz resume tudo o que há de admirável e também antiquado na monarquia britânica: da existência constante e reconfortante até a miopia cerrada.
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É um equilíbrio complicado, mas Mirren caminha perfeitamente em A Rainha, um docudrama sobre a morte da princesa Diana em 1997, a qual espia por trás da cortina para ver o funcionamento interno de uma mulher que havia reinado, até então, por 45 anos.
Nem uma cópia, nem uma reimaginação nervosa de uma das figuras públicas mais famosas do mundo, a atriz prefere deixar Elizabeth com uma presença retraída e contida, insinuando não só a insensibilidade casual, mas também sugerindo uma rainha que viveu o suficiente para nunca ser surpreendida por tudo. Mirren sempre teve um ar majestoso, mas A Rainha foi a maior conquista.
Em 1995, Julianne Moore, ainda relativamente desconhecida na época, viveu um dos grandes papéis do cinema moderno em Safe, interpretando uma dona de casa suburbana alérgica ao mundo, condição que a faz praticamente desaparecer diante de nossos olhos.
Quase 20 anos depois, agora firmemente estabelecida como uma das melhores atrizes, Moore fez outra performance surpreendente sobre uma mulher diferente se perdendo.
Para Sempre Alice conta a história de uma professora de linguística com diagnóstico precoce de Alzheimer, e a atriz a interpreta como uma jovem inteligente e equilibrada de 50 anos que rapidamente aprende como a inteligência não pode salvá-la de uma doença capaz de destruir a memória.
É uma performance poderosamente interna, mas expressa com incrível força: o medo, a resignação e a raiva da mulher transparecem nos olhos angustiados e em pânico de Moore, mas o que é especialmente notável é como ela articula o esvaziamento de uma pessoa antes vibrante. Alice ainda está lá, mas não está. A artista homenageia os mistérios de um corpo perdendo a luz interior e ainda mantendo a alma inefável.
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