Seja por conteúdo transfóbico ou soluções simplistas no roteiro, o tempo não foi tão gentil com alguns filmes
Clássicos ou sucessos de outras décadas podem não envelhecer tão bem assim. Ao analisarmos algumas obras atualmente, podemos perceber diversos problemas que envolvem, principalmente, roteiros.
Apesar disso, é necessário que analisemos tais obras com um olhar crítico, ao invés de escondê-las ou simplesmente ignorar a existência delas. É a partir dos debates e discussões gerados por obras do passado que podemos garantir produções de maior qualidade. Confira abaixo cinco filmes que não envelheceram tão bem quanto gostaríamos.
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Matrix foi revolucionário, trazendo uma nova era para os filmes de ação. Apesar disso, as motivações para Neo tornar-se herói são preguiçosas: ele é apenas um personagem inconformado com o trabalho. Não há motivo nobre para ele ser o escolhido, ele apenas é. Sem falar que o personagem não precisa se esforçar para lutar ou utilizar armas, tudo é possível graças aos computadores.
Talvez o mais icônico filme adolescente dos anos 2000, Meninas Malvadas possui alguns aspectos que não envelheceram bem: esteriótipos (o gay afeminado, a menina que recusa feminilidade e por isso deve ser lésbica, pessoas bonitas são burras, a África é um único país e não um continente multicultural), gordofobia e sexismo são alguns tópicos que podemos mencionar.
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O filme é um verdadeiro clássico da Sessão da Tarde, e na cenas finais mostra uma verdadeira monstruosidade transfóbica: o detetive Ventura (Jim Carrey) desmascara uma policial que era jogador de futebol. Ao realizar que beijou uma mulher trans, Ventura vomita, escova os dentes obsessivamente faz um verdadeiro escândalo. Uma cena desconcertante que fica ainda pior com o passar dos anos.
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Talvez o filme mais fraco da franquia, Indiana Jones e o Templo da Perdição peca não só em qualidade, mas também no retrato das culturas asiáticas. Os esteriótipos do filme mostram falta de respeito acerca de culturas diferentes, e também falta de pesquisa. O exemplo mais claro é a utilização da Deusa Kali como representação do submundo.
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John Hughes é considerado o pai dos filmes adolescentes da década de 80, mas o filme de estreia do diretor, Gatinhas e Gatões, possui cenas extremamente problemáticas. Ao perder uma aposta, o garoto popular “empresta” a namorada ao nerd da escola, quando a mesma estava bêbada. No outro dia, a garota não se lembra do que aconteceu, mas o abuso fica implícito.
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