Rolling Thunder Revue: A Bob Dylan Story estreou na última quinta, 12, na Netflix
Rolling Thunder Revue: A Bob Dylan Story, documentário sobre a lendária turnê de Bob Dylan, dirigido por Martin Scorsese, estreou na última quarta, 12, na plataforma de streaming, Netflix.
O filme aborda a turnê Rolling Thunder Revue que ocorreu entre 1975 e 1976 nos Estados Unidos que contou com a presença de grandes artistas como Patti Smith, Joni Mitchell, Joan Baez, Ringo Starr, Allen Ginsberg e Sam Shepard.
Em uma recente entrevista para a Variety, o cineasta falou sobre a produção e disse que Bob Dylan não deu nenhuma resposta fácil para ele, e com isso, em vez de entregar um documento cronológico sobre a turnê americana e do artista, Scorsese fez com que a mística sobre o artista permanecesse.
No entanto, depois da estreia do documentário, podemos notar algumas coisas que não seguem fielmente a história do precursor do folk. Aqui reunimos cinco desses fatos, confira abaixo:
Muitos astros do rock, na época de Bob Dylan, se relacionaram com fãs mais novos. no filme, Dylan aparece com uma situação semelhante quando Sharon Stone (interpretada por ela mesma) fala sobre quando era uma estudante de 19 anos e a turnê Rolling Thunder Revue chegou à sua cidade e por um breve momento, o artista se relacionou com ela. Mas nada disso aconteceu e as fotos dos dois juntos são falsas.
No filme, Dylan diz que teve a idéia de usar maquiagem de rosto branco no Rolling Thunder Revue depois que Scarlet Rivera o levou para um show do Kiss no Queens. Mas o Kiss não fazia um show no Queens desde fevereiro de 1973. Na época, a banda estava começando e Dylan ainda não conhecia Rivera. Segundo a maioria dos relatos, a maquiagem foi inspirada no filme francês Children of Paradise, de 1945.
Durante 1975 na turnê, Dylan estava filmando quase todos os integrantes presentes na viagem. A filmagem bruta do longa é a semente desse novo documentário, mas o filme de Scorsese nunca menciona Renaldo and Clara, filme de 1978 dirigido por Bob Dylan e estrelado por ele, Sara Dylan e Joan Baez. Em vez disso, tem entrevistas com um suposto cineasta da turnê chamado Stefan van Dorp que filmou tudo e nunca recebeu crédito suficiente pelo seu trabalho, mas essa pessoa não existe.
Próximo ao fim do filme, um suposto representante de Michigan chamado Jack Tanner fala sobre usar sua conexão com Jimmy Carter para participar de um show do Rolling Thunder em Niagara Falls. O nome Jack Tanner vem da minissérie Tanner '88 de Robert Altman, de 1988, escrito por Garry Trudeau.
Jim Gianopulos é um homem de muitas realizações. Ele trabalhou como co-presidente da Fox Filmed Entertainment por 12 anos e agora é o CEO da Paramount Pictures. Mas ele não promoveu o Rolling Thunder Revue. Na época, ele frequentava a faculdade de direito na Fordham.
Apesar das histórias, nada disso tira o poder do documentário. Recentemente, o seu melhor amigo também escreveu um livro de memórias sobre a trajetória do músico.
+++Rocketman, Bohemian Rhapsody e mais: as maiores cinebiografias de todos os tempos