Psicóloga Jessica Kadri explica a importância de abordar o assunto de maneira correta nas produções
13 Reasons Why (2017) é uma das séries mais populares da Netflix, e também protagoniza uma das maiores polêmicas envolvendo o streaming. A trama - sobre uma adolescente que comete suicídio e deixa fitas cassete culpando os amigos - levantou vários questionamentos na época do lançamento. Principalmente sobre como abordar a saúde mental de maneira responsável.
Quando a série estreou, o número de ligações para o CVV (Centro de Valorização da Vida) aumentou cerca de seis vezes, segundo o voluntário Carlos Correia - e o nome da produção foi abordado com frequência durante as chamadas. A informação é d'O Globo.
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Apesar da boa recepção inicial, pouco tempo depois, a produção tornou-se um assunto recorrente nas redes sociais por ser voltada para o público jovem e mostrar cenas explicitas de suicídio. Tanto críticos, quanto profissionais da área da saúde, debateram sobre o poder de influência da produção.
Os 13 Porquês não foi a primeira nem a única série a abordar temas envolvendo saúde mental. No entanto, por serem delicados, precisam ser retratados de maneira correta para não causar gatilhos nos telespectadores e nem banalizar o assunto.
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Segundo a psicóloga Jessica Kadri, o ideal seria retratar a vida dos personagens de maneira mais fiel possível à realidade. Para ela, a melhor forma de fazer isso é compreender as experiências de quem vivencia essas questões diariamente. Dessa forma, é possível se aprofundar nas histórias dos personagens e não tratar a saúde mental como algo superficial e estereotipado.
Quando retratados da maneira errada, essas temáticas podem criar uma falsa impressão para o público sobre os distúrbios e a idealização da vida. De acordo com Kadri, isso gera um julgamento e uma polarização maior, tanto por quem assiste, quanto por quem vivência.
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Para entender mais sobre o assunto e a importância de debater questões como essa, confira cinco séries que tiveram exito ao falar sobre saúde mental:
This Is Us acompanha diferentes problemas emocionais do casal Jack (Milo Ventimiglia) e Rebeca (Mandy Moore) e dos três filhos, Kate (Chrissy Metz), Kevin (Justin Hartley) e Randall (Sterling K. Brown). Kate lida com obesidade e baixa autoestima, por isso, frequenta reuniões de grupos de apoio à pessoas com distúrbios alimentares.
Kevin tem o mesmo problema do pai e luta constantemente contra o alcoolismo enquanto Randall sofre de ansiedade e enfrenta questões raciais. Além disso, Rebeca enfrenta problemas com o envelhecimento e precisa lidar com a pressão de ser mãe de três filhos.
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Will Schuester (Matthew Morrison) é um professor de ensino médio apaixonado por música. Decide criar um clube de coral com os alunos. No entanto, convencer os adolescentes a participarem e administrar o clube não é tarefa fácil.
O Glee Club não é bem visto pelo resto da escola e, no início, muitos alunos sofriam bullying por participarem. Além disso, tanto os jovens quanto os professores precisarem lidar com diversas outras questões desde problemas com autoestima e orientação sexual até doenças como distúrbios alimentares, TOC e síndrome de Down.
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Em um mundo onde animais e seres humanos vivem lado a lado, BoJack é um ator famoso pelo papel em um seriado dos anos 1990. Planeja voltar aos holofotes com uma biografia sobre a vida e carreira. No entanto, tanto ele quanto as pessoas ao redor precisam aprender a lidar com problemas como depressão, síndrome do impostor, vício em drogas e trabalho.
Sam (Keir Gilchrist) é um adolescente autista encorajado pela psicóloga a buscar uma namorada. No entanto, enquanto descobre o amor, enfrenta problemas na escola e em casa, pois os pais enfrentam uma crise no casamento, resultando em uma traição. Além disso, a irmã Casey (Brigette Lundy-Paine) é superprotetora com Sam, mas também precisa lidar com questões internas como a descoberta da orientação sexual.
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Rue (Zendaya) é uma adolescente de 17 anos tentando retomar a vida após sair de uma clínica de reabilitação por conta de uma overdose. De volta à escola, descobre outros jovens lidando com os problemas da idade, além de questões como sexo, aceitação, identidade de gênero, violência e relacionamentos amorosos e familiares.
ATENÇÃO: Aqui no Brasil, o CVV – Centro de Valorização da Vida realiza gratuitamente apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo todas as pessoas que querem e precisam conversar. Contato disponível pelo telefone 188 ou por meios online (e-mail, chat, Skype) com dados disponíveis no site https://www.cvv.org.br/
+++ LAGUM: 'BUSCAMOS SER GENUÍNOS' | ENTREVISTA | ROLLING STONE BRASIL