Com a mudança do nome de Melhor Filme Estrangeiro para Melhor Filme Internacional, fomos resgatar algumas categorias que a Academia optou por abandonar ao longo dos 92 anos de estrada
Na cerimônia de 2020 do Oscar, realizada no último domingo, 9, os espectadores se depararam com o primeiro ano em que a categoria de melhor filme estrangeiro deixou de ter esse nome, para se chamar agora melhor filme internacional.
A decisão, louvada pelo diretor sul-coreano Bong Joon-ho, diretor de Parasita, grande vencedor desta edição da premiação (veja aqui a lista completa dos vencedores), busca carregar consigo um nome que possa contemplar muito além de um fime "estrangeiro", mas qualquer produção não falada em inglês.
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Com essa transição em mente, buscamos resgatar algumas categorias que não apenas tiveram o nome alterado, mas que foram deixadas para trás pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas ao longo desses 92 anos de existência.
Exatamente, uma categoria apenas para atores menores de 18 anos! Oficialmente conhecido como Academy Juvenile Award, o prêmio fez parte da cerimônia por 26 anos, entre 1934 e 1960, e tinha como foco homenagear a carreira e o conjunto da obra do jovem ator ou atriz.
E para caráter de diversão e adequação, a estatueta era era uma miniatura da original!
Essa foi uma categoria que chegou apenas ao status de mera ideia no Oscar, já que em 1999, quando a proposta de inclusão dela à lista foi negada. Afinal de contas, premiar um elenco significa premiar o diretor de elenco (que é quem escolhe os atores para cada personagem) ou os próprios astros e estrelas, pelo trabalho em equipe bem feito?
Apesar dessa confusão, o SAG Awards, cerimônia importante promovida pelo Sindicato dos Atores, tem a categoria até hoje.
Essa é a categoria que originou, depois de algumas gerações de amadurecimento e reflexão, o prêmio de efeitos visuais. Curiosamente, só fez parte da primeira cerimônia do Oscar, lá em 1929, já que, na época, ninguém apostaria que essa área do cinema se tornaria tão grande e essencial para qualquer filme.
Sob o nome de Engenharia de Efeitos, a categoria foi deixada para trás, apenas para retornar dez anos depois com o longo e novo título de Prêmio de Realização Especial para Efeitos Especiais.
O único longa a ganha o prêmio foi, na primeira edição, foi Asas, vencedor também do Oscar de melhor filme.
É inquestionável a afirmação de que nenhum diretor é autossuficiente em um set de filmagem. Com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, o cineasta necessita de alguém para ser o braço direito e garantir que os prazoa sejam cumpridos e que tudo funcione como deveria. E esse é o papel do assistende de direção.
Entre 1933 e 1937, esses profissionais chegaram a concorrer ao Oscar, e curiosamente, já que é possível um diretor ter mais de um AD, no primeiro ano em que a categoria entrou para a cerimônia, sete pessoas ganharam a estatueta.
Essa categoria bem específica durou entre o curtíssimo período de 1935 a 1937, época em que os filmes eram ainda, na grande maioria, em preto & branco e musicais eram muito mais populares do que hoje em dia, além de fazerem muito mais sucesso.
Em inglês, o prêmio era chamado de Best Dance Direction (ou, ao pé da letra, melhor direção de dança), e foi uma reclamação do uso da palavra "direction", feita pelo Sindicato dos Diretores da América, que resultou no encerramento da categoria.
Essa categoria durou apenas um ano, e, no caso, o ano da primeira cerimônia do Oscar, 1929. O prêmio tinha como foco exaltar aqueles textos que apareciam ente uma cena e outra nos filmes mudos, que ajudavam a explicar o progresso da trama.
Mas como na época filmes falados já existiam, decidiram deixar para trás a categoria a partir da premiação de 1930. O único vencedor desse prêmio foi Joseph Farnham, fundador da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.
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