A Rolling Stone Brasil fez uma retrospectiva com alguns álbuns que se destacaram no primeiro semestre de 2021
Apesar de todas dificuldades, crises e perrengues, a indústria da música brasileira segue firme como pode e apresenta ótimos lançamentos. Desde o início do ano, nossa HOTLIST deu destaque para os discos, EPs, singles e clipes mais quentes da música nacional, da cena independente ao mainstream.
Agora, com o fim do primeiro semestre do ano, a Rolling Stone Brasil fez uma retrospectiva e relembrou 6 álbuns incríveis que agitaram o rock brasileiro, os quais você não pode deixar de ouvir. Confira:
Fernando Motta lançou o terceiro disco da carreira, Ensaio Pra Destruir, no dia 23 de março. Intimista e nebuloso, o shoegaze do músico se desdobra por 11 faixas, as quais foram produzidas por Vitor Brauer - e contam com a participação de Apeles, Mafius e João Viegas (Raça e Ombu).
"E quando a corda se cortar /Minha mente acorda pra lembrar /Que a onda sempre vai se propagar /No espaço /Que estiver," canta Motta em "Tridimensional."
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No mês de março, o Ego Kill Talent divulgou a versão completa do disco The Dance Between Extremes. Ao longo de 12 músicas, a banda vai ao extremo emocional com as características melodias grandiosas e vibrantes deles.
"Ei vida /Eu sobrevivi a você /Enquanto eu assistia /Meu próprio desastre /Ei vida /Eu estava te culpando /Nunca encontrando /Estou além das circunstâncias," canta Jonathan Dörr em "Develirance."
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No disco de estreia, O Grilo não se prende ao rock and roll - mas ele pode ser encontrado em maior ou menor intensidade nas 13 faixas - e exala brasilidade com ótimas letras sobre a juventude e suas descobertas sobre a vida.
"Meu amor, você não sabe de nada /Então deixa eu te contar /Me dá a tua mão /Me chama pra dançar /Vamos ver TV /E viver em paz / As horas vão passando /Mas a gente corre atrás /Querida /Vamos esquecer que a vida /Um dia acaba," diz a faixa-título.
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Outra estreia de destaque é de Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo, cujo disco homônimo, produzido por Ana Frango Elétrico, também mistura gêneros, mas é marcado pela guitarra e bateria. Refrescante e inesperado, ele conquista logo nos primeiros segundos da primeira faixa.
"O tempo que eu perdi anotando o ritmo do pisca-alerta /Tentando decifrar quantas vezes o semáforo pisca até fechar /A quantidade de metros que faz uma roda ser gigante /E o índice de morte nas banheiras do Japão /Meio amor já basta pra acabar com a relação," canta Sophia.
No segundo volume de Manchaca: A Compilation of Boogarins memories, demos and outtakes from Austin,TX, a paisagem sonora e psicodélica de Boogarins ganha 12 novas faixas, as quais foram criadas a partir de improvisos e rascunhos elaborados durante a passagem da banda pelo Texas, nos Estados Unidos.
"Correndo em fúria /Contra toda essa angústia /Correndo em fúria /Contra toda essa angústia /Talvez o destino é um alívio /Que há muito tempo eu perdi /Já chamo de casa o corre /Mas sinto falta do aqui," diz "Correndo em Fúria"
Intitulado de Lula, o último disco de Lupe de Lupe explora os mais diversos cantos do Brasil em 16 faixas, batizadas com nomes de cidades. Com guitarras barulhentas e letras ora cômicas, ora profundamente sérias, o disco nos cativa com a atmosfera caótica, enérgica e desbocada dele.
"Eles jamais vão entender /O quanto você ainda espera, mãe /Uma vida por semana /Mas nenhuma vida é eterna /Estamos vivos e lutamos /Contrariando a palidez /Num bom lugar meu pai está /Num bom lugar eu estarei," canta Gustavo Scholz em "Brasil Novo."
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